A
onda de explosão a bancos no Ceará deixa os moradores do interior sem
agências bancárias. Muitas vezes, eles têm que percorrer muitos
quilômetros até a cidade vizinha para conseguir fazer uma transação
bancária. Só neste ano, no estado, já são 31 ataques a bancos com
explosivos. Em Palmácia, a 60 km de Fortaleza,
por exemplo, já foram três explosões em 2013 ao único banco da cidade.
Sem caixas eletrônicos no município, o aposentado Antônio Ferreira Lima,
é obrigado a viajar 40 quilômetros para receber dinheiro na cidade
vizinha Maranguape, Região Metropolitana . E parte da aposentadoria ele gasta no transporte.
“Eu
gasto entre R$ 25,00 e R$ 40,00 com transporte. O dinheiro que a gente
recebe é pouco e com esse problema acaba por fazer falta", lamenta.
Em Banabuiú,
a 22 km da capital, a agência foi destruída por bandidos há um ano e
meio e até o momento não houve nenhuma reforma na agência. O aposentado
Manuel Edísio de Melo é outro que sofre para receber o dinheiro da
aposentadoria. Todo mês é obrigado a pegar uma van para sacar o dinheiro
em cidades vizinhas.
“Existe
uma grande dificuldade de conseguir dinheiro no interior.
Principalmente aqui na cidade. É uma pena, principalmente para as
pessoas que precisam receber a aposentadoria”, disse.
Queda nas vendas
Sem
agências bancárias em alguns municípios, o comércio começa a sentir os
prejuízos. Em Banabuiú, moradores que vão receber dinheiro no município
vizinho preferem fazer as compras no local com medo de andar com
dinheiro no bolso. “O comércio acabou. Nós estamos aqui porque não
existe outro lugar para ir. Não têm movimento nenhum”, conta a
comerciante Maria Zumira Nobre Rabelo.
Com
o aumento dos casos de explosões em bancos no interior, a população
recorre às agências dos correios e as casas lotéricas. No entanto, nem
sempre há dinheiro disponível. Segundo a agricultora, Maria Aurilene de
Castro, por causa da insegurança, até mesmo esses locais preferem ter
pouco dinheiro, o que deixa os clientes praticamente sem opção. "Os
próprios funcionários das agências dos Correios e Caixa Econômica tem
medo de ficar com dinheiro porque os assaltos são constantes”, lamentou.
Fonte: G1CE
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