Condenado à pena de morte, brasileiro foi fuzilado na Indonésia. Em nota, presidente diz que execução afeta relações entre os países
Em nota divulgada neste sábado (17), o Palácio do Planalto informou que a presidente Dilma Rousseff está “consternada e indignada” com a execução do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira na Indonésia. O embaixador do Brasil em Jacarta, Paulo Alberto da Silveira Soares, será chamado para consultas.
Na linguagem diplomática, chamar um embaixador para consultas
representa uma espécie de agravo ao país no qual está o embaixador. O
Itamaraty informou que não há data prevista para o retorno de Paulo
Alberto da Silveira Soares ao Brasil.
“A presidenta Dilma Rousseff tomou conhecimento – consternada e
indignada – da execução do brasileiro Marco Archer ocorrida hoje às
15:31 horário de Brasília na Indonésia”, afirmou o Planalto. Moreira, de
53 anos, foi condenado à morte por tráfico de drogas
A nota lembra que a presidente dirigiu pessoalmente na última
sexta-feira (16) um apelo humanitário ao presidente indonésio, Joko
Widodo, para que fosse concedida clemência ao réu. O pedido, porém, foi negado pelo governante, que alegou que não poderia reverter a sentença pois todos os trâmites jurídicos já haviam sido concluídos.
“A presidenta Dilma lamenta profundamente que esse derradeiro pedido,
que se seguiu a tantos outros feitos nos últimos anos, não tenha
encontrado acolhida por parte do Chefe de Estado da Indonésia, tanto no
contato telefônico como na carta enviada, posteriormente, por Widodo”,
informou.
O Planalto disse ainda que a o recurso à pena de morte “afeta
gravemente as relações entre nossos países” e destacou que a sociedade
mundial “crescentemente condena” esse tipo de pena. A presidente ainda
deu uma palavra de pesar e conforto à família de Marco.
Veja a íntegra da nota divulgada pelo Palácio do Planalto:
“Nota à imprensa
A Presidenta Dilma Rousseff tomou conhecimento – consternada e
indignada – da execução do brasileiro Marco Archer ocorrida hoje às
15:31 horário de Brasília na Indonésia.
Sem desconhecer a gravidade dos crimes que levaram à condenação de
Archer e respeitando a soberania e o sistema jurídico indonésio, a
Presidenta dirigiu pessoalmente, na sexta-feira última, apelo
humanitário ao seu homólogo Joko Widodo, para que fosse concedida
clemência ao réu, como prevê a legislação daquele país.
A Presidenta Dilma lamenta profundamente que esse derradeiro pedido,
que se seguiu a tantos outros feitos nos últimos anos, não tenha
encontrado acolhida por parte do Chefe de Estado da Indonésia, tanto no
contato telefônico como na carta enviada, posteriormente, por Widodo.
O recurso à pena de morte, que a sociedade mundial crescentemente condena, afeta gravemente as relações entre nossos países.
Nesta hora, a Presidenta Dilma dirige uma palavra de pesar e conforto à família enlutada.
O Embaixador do Brasil em Jacarta está sendo chamado a Brasília para consultas.
Secretaria de Imprensa
Secretaria de Comunicação Social
Presidência da República”
Fonte: G1
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