Programa pretende reduzir a evasão escolar nas 44 cidades com pior IDH. Poupança Jovem será lançado em maio e atenderá mais de 19.600 alunos.
Um programa para reduzir a evasão escolar nas 44 cidades piauienses com
pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) será adotado a partir de
maio no estado. O anúncio foi feito pela secretária de educação Rejane
Dias, nesta segunda-feira (6), que prometeu bolsa de R$ 1,5 mil a cada
estudante do ensino médio através do Poupança Jovem.
A medida adotada é uma das promessas do pacote de ações previstas pela
Secretaria Estadual de Educação e Cultura (Seduc), que também prevê
redução na taxa de analfabetismo e ampliação das escolas de tempo
integral. Atualmente, a taxa de evasão escolar do Piauí é de 16,9% nas escolas públicas do ensino médio.
De acordo com Rejane Dias, o Poupança Jovem vai atender 59 escolas de
ensino médio e alcançar mais de 19.600 alunos. O objetivo do programa é
que ao concluir o primeiro ano, o estudante recebe R$ 400 e as demais
parcelas serão de R$ 500 no segundo ano e R$ 600 no último ano do ensino
médio.
“A evasão resulta na diminuição de matrículas, queda de recursos e em
entraves para melhorarmos o índice educacional dos estudantes do Piauí
como um todo. Por isso, abraçamos essa proposta com a esperança de
evitar ao máximo que jovens deixem de concluir seus estudos. O Banco
Mundial está disponibilizando R$ 35,5 milhões para executar o projeto
entre os anos de 2015 a 2019”, comentou.
O estudante ou responsável tem o direito de retirar 40% de cada um dos
dois primeiros depósitos efetuados. Somente a última parcela pode ser
retirada integralmente junto com o saldo remanescente das anteriores e
os rendimentos. Para receber cada pagamento, o aluno precisa ser
aprovado ao final do ano.
Para a secretária de Educação, o aumento no número de matrícula vai
ajudar na vinda de mais financiamentos para o estado e contratação de
professores. "Queremos desta forma incentivar estas cidades e equilibrar
as contas. Hoje o Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação] só paga
os trabalhadores e não sobra nada para fazer investimento ", concluiu.
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