Os funcionários administrativos da Agespisa
não aceitam que a empresa de Águas e Esgotos do Piauí seja transformada
em autarquia. Na manhã de ontem (3) o Sindicato dos Urbanitários
deflagrou paralisação por 48 horas para chamar atenção do governo do
Estado sobre as reivindicações da categoria.
O presidente do
Sindicato do Urbanitários, Francisco Ferreira, conta que o movimento
pede o fim imediato do processo que eles chamam de privatização da
Agespisa.
O sindicalista acredita que a transformação da empresa
no Instituto de Águas e Esgotos irá comprometer a qualidade do
abastecimento de água no Estado.
"O piauiense vai ser prejudicado.
Vamos ter o serviço precarizado, a tarifa vai aumentar com certeza
também. Além disso, os servidores da Agespisa estão com medo de ficarem
desempregados", disse Francisco Ferreira.
A categoria afirma que,
caso o governo do Estado não atenda às reivindicações e busque um acordo
com a classe, uma paralisação por tempo indeterminado deve ser
deflagrada.
"Somente 30% dos serviços administrativos essenciais
serão mantidos e até atos nas Estações de Tratamento de Água podem
acontecer", avisa o presidente do Sindicato dos Urbanitários.
Além
de promoveram piquete em frente à sede da Agespisa, os servidores da
empresa interromperam a solenidade de assinatura da Ordem de Serviço da
Ponte Juscelino Kubitschek e com palavras de ordem "Não à privatização",
cobraram do governador Wellington Dias um diálogo com a categoria.
O
chefe do Executivo Estadual alegou que diferente do que os
sindicalistas afirmam, não existe processo de privatização na Agespisa.
"A empresa passará a ser uma autarquia 100% pública. É o contrário do
que é dito", declarou.
A Agespisa tem déficit de mais de R$ 1
bilhão. O executivo estadual defende que a empresa está sem capacidade
de investimento e por esse motivo o Instituto de Águas e Esgotos foi
criado. Com o status de autarquia, o Estado poderá contrair empréstimos
para fazer novos investimentos.
Fonte: Meio Norte
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