Todos os pedidos de impeachment feitos
contra a presidente Dilma Rousseff durante seu primeiro mandato foram
arquivados. Desde o início do segundo mandato, de acordo com dados da
Secretaria Geral da Mesa da Câmara, foram protocolados 12 pedidos contra
ela (esse número deve aumentar na semana que vem). A maioria deles,
contudo, apresenta argumentos frágeis e devem ser descartados.
O
departamento jurídico da Casa deve se concentrar apenas nos pedidos mais
consistentes, que vêm acompanhados de pareceres de juristas renomados,
como os de Adilson Dallari e Ives Gandra, que embasam os pedidos dos
grupos anti-Dilma.Eles defendem que a presidente pode ser investigada
tanto criminal quanto administrativamente pelos atos praticados em seu
primeiro mandato no caso das "pedaladas" fiscais e consideram que
ocorreram delitos culposos de imperícia, omissão e negligência na
conduta de Dilma como presidente do Conselho da Petrobrás.'
Genéricos'
Além
de iniciativas dos grupos organizados, há também pedidos genéricos de
impedimento apresentados por cidadãos, como o assinado por Walter
Marcelo dos Santos. Nele, Santos oferece denúncia em desfavor da
presidente "por ato de improbidade administrativa e possível
envolvimento no esquema de corrupção envolvendo a Petrobras".
Santos
também é autor de um segundo ofício, encaminhado em fevereiro deste
ano, no qual pede o impedimento de Dilma sob alegação de "má gestão
administrativa do Brasil e escândalos de corrupção".Único deputado que
apresentou um pedido de impedimento, Jair Bolsonaro (PP-RJ) também
entregou um documento pouco consistente. Ele pediu o impeachment
alegando o "conjunto de fatos relacionados à incompetente gestão da
presidente Dilma, que tem proporcionado a destruição do estado do
brasileiro".A maioria dos pedidos levam em consideração os "fatos
apurados" pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. As informações são
do jornal "O Estado de S. Paulo".
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