A saga dos aprovados no concursos público realizados pela Eletrobras
ganhou mais um capítulo polêmico. Finalmente, a empresa convocou os 1
mil e 100 aprovados para a realização dos testes físicos, mas deu apenas
cinco dias úteis para realização de exames médicos.
Diante disso, os aprovados solicitaram uma audiência com representantes
da Eletrobras e com o procurador do Ministério Público do Trabalho, José
Wellington. A audiência aconteceu na tarde desta quarta feira (15).
Eletrobras“São 1 mil e 100 pessoas que devem realizar consultas médicas,
exames necessários e obtenção de atestados. É impossível que neste
pequeno prazo todos consigam fazer todo o procedimento, até porque
muitos dos candidatos precisam recorrer a rede pública de saúde. Desta
forma, eles poderiam acabar perdendo a vaga que tanto esperam”, frisa a
advogada Rubenita Lessa que acompanha o martírio dos concursados, a
pedido do deputado federal Silas Freire.
O procurador José Wellington acatou o apelo dos aprovados no concurso e
considerou o prazo insuficiente e prejudicial aos candidatos. Ele
recomendou que a Eletrobrás suspenda o edital de convocação para os
testes físicos. O novo edital deve assegurar que os candidatos tenham um
prazo de 30 dias entre a data da convocação e a realização dos testes.
Caso a suspensão não aconteça, a Procuradoria do Trabalho entrará com
uma ação judicial contra a Eletrobras e em benefício dos candidatos.
A representante dos aprovados no concurso da Eletrobras, Eveline
Martins, comemorou a decisão, mas destacou que a tranquilidade só virá
quando finalmente estiver nomeada: “Estudamos, nos esforçamos para
conseguir ser aprovados no concurso público e ter a tão sonhada
estabilidade e não é justo correr o risco de ser eliminado do concurso
por não ter tido a oportunidade de realizar o teste físico, devido ao
pequeno prazo que nos foi dado para adquirir o atestado. Como poderíamos
todos realizar estes exames em tão pouco tempo?”, indaga a concursada.
ENTENDA O CASO
Este não é o primeiro entrave que os aprovados no concurso da Eletrobrás
enfrentam, tanto que o deputado federal Silas Freire logo em seu
primeiro pronunciamento na Câmara Federal cobrou a nomeação deles. O
parlamentar também destacou que é mais difícil ser nomeado depois de
aprovado do que passar no concurso. Silas Freire disse ainda que se
dedicaria a buscar saídas para obrigar os gestores para chamar os
aprovados conforme o previsto em edital.
Em março deste ano, Silas Freire se reuniu com o Presidente Nacional da
Eletrobrás, o engenheiro José da Costa Carvalho Neto, no Rio de Janeiro,
e cobrou uma solução. O presidente se comprometeu em analisar o caso e
pediu um prazo para dar uma resposta aos concursados.
A resposta não foi satisfatória e o deputado Silas Freire mostrou o seu
descontentamento no plenário principal da Câmara. “Fui até o Rio de
Janeiro exigir explicações do presidente da Eletrobrás e ele
simplesmente mandou uma frase dizendo que do primeiro concurso foram
chamados 42, do segundo não foi convocado ninguém e que fará o terceiro
concurso. Nós do Piauí, exigimos respeito. O presidente Costa pode
enviar essa resposta aos parceiros dele”, disse, em pronunciamento
inflamado.
Fonte: CCOM
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