Para enfrentar falta de preservativos, o Programa de Prevenção e Controle das DST/HIV/aids de Cuba recomenda, entre outras coisas, abstinência sexual
HAVANA – Em resposta a um desabastecimento de camisinhas que ocorre na cidade cubana de Pinar del Río desde dezembro, o jornal Granma,
órgão oficial do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba fez a
seguinte recomendação: “A busca de alternativas, como, por exemplo,
limitar o ato sexual aos beijos, às carícias, à masturbação…”.
Intitulado Inconcebível Ausência,
o texto publicado na terça-feira também recomenda a abstinência sexual
diante da escassez de preservativos na região, mas não consegue
desvendar as razões da falta de camisinhas.
“Ninguém sabe explicar com certeza a causa do problema”, afirma o Granma
na primeira frase do artigo, escrito em estilo de reportagem. “O certo é
que a falta de camisinhas tem castigado há semanas as farmácias da
capital de Pinar del Río.”
A recomendação oficial pelas “alternativas” para praticar sexo seguro
vem do Programa de Prevenção e Controle das DST/HIV/aids. “Não obstante,
(o organismo de saúde) reconhece que no nosso país predomina uma
cultura na qual o homem e a mulher têm de ter sexo com penetração para
alcançar a satisfação plena”, declarou o Granma.
“De modo que é provável que a abstinência ou o que os especialistas
denominam de ‘alternativas’ não resultem em opções viáveis para muitos
casais, sobretudo naquelas idades em que ainda não existe total
percepção dos riscos inerentes ao sexo sem proteção”, concluiu o texto.
Fonte: Estadão
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