Há um mês, a Banda de Música da Polícia Militar do Distrito Federal
se prepara para o desfile de 7 de Setembro. Nos ensaios, os 50
integrantes treinam os dobrados — as músicas que remetem à identidade
militar — e as canções populares adaptadas para o estilo marcial. Cinco
músicos da Banda do Corpo de Bombeiros atuam na
abertura da cerimônia e no acendimento do fogo simbólico, organizados
pela Liga da Defesa Nacional, entidade com representantes das Forças
Armadas.
A
Banda de Música da Polícia Militar reúne-se todos os dias, no período
da manhã, para o ensaio, e o trabalho é focado nas marchas a serem
executadas no desfile. “Treinamos cerca de 11 canções — entre dobrados e
populares — e tocamos, lá na hora, oito ou nove”, conta o regente-geral
do grupo, major Hidemburgo dos Santos Bezerra. Ele explica que se trata
de uma banda sinfônica, ou seja, com todos os instrumentos de sopro e
percussão. “Só não tem os de corda, como violino e violoncelo”, explica.
A
rotina é intensa, uma vez que a equipe se apresenta em escolas, teatros
e concertos em todas as regiões administrativas e no Entorno do
Distrito Federal. “Ela [a banda] tem caráter histórico e cultural, não é
restrita ao quartel”, conta o regente-geral. Além das apresentações, o
grupo desenvolve trabalhos sociais, como a musicalização inclusiva (para
crianças a partir de 3 anos) e o Cidadania com Música.
Além do tempo de treinamento, os
músicos têm que se dedicar fora do horário de expediente. “São mais
quatro ou cinco horas de estudo, todos os dias, para manter o nível”,
conta o soldado Thiago Omar, de 26 anos. Ele é saxofonista e, desde os 9
anos de idade, estuda o instrumento. Há dois anos na corporação, ele
encontrou a oportunidade de exercer a profissão. “A gente começa muito
cedo, e, fora da banda, o campo de atuação é muito restrito em
Brasília”, conta.
Como é a carreira do policial militar músico
O
ingresso é por meio de concurso público para a corporação. Uma vez
aprovado, o candidato se submete à prova específica de música. Se
aceito, ele se torna policial militar músico e pode ir de soldado a
major. A valorização do profissional é fundamental para a existência da
banda. “É uma cultura que está se perdendo. Precisamos de mais contato
com o público”, destaca o major Hidemburgo.
Os momentos iniciais do desfile ficam sob responsabilidade de representantes do Corpo de Bombeiros. Cinco deles tocam a Fanfarra Olímpica,
toque triunfal para apresentação do Fogo Simbólico da Pátria ao
presidente do desfile. “Ele é carregado por um atleta olímpico para
simbolizar a vitória do povo brasileiro”, explica o vice-presidente
executivo da Liga da Defesa Nacional, coronel Sérgio Aboud. Para a
execução do toque triunfal, são necessários três clarins, uma caixa e um
bumbo.
Fonte: Agencia Brasilia
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