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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Contra aumento do combustível: Veja a situação dos protestos nas estradas em cada estado nesta terça

Caminhoneiros realizam nesta terça-feira (24) mais um dia de protestos com bloqueios em rodovias de nove estados: Bahia, Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul.

Com o aumento da adesão aos protestos, 13 estados registraram paralisação de caminhoneiros ao longo desta terça, e em 12 deles estradas foram interditadas. Rio de Janeiro, Goiás e Parátiveram atos pontuais, que duraram algumas horas. No Piauí, caminhoneiros pararam de fazer viagens, mas não houve registro de bloqueios.

Às 19h30, eram 10 os estados com trechos de estradas interditados pelas manifestações dos caminhoneiros.

VEJA COMO ESTÁ A SITUAÇÃO EM CADA ESTADO:
Caminhoneiros protestam na Via Expressa,
em Salvador. (Foto: Imagens/Tv Bahia)

BA
Caminhoneiros iniciaram protestos na manhã desta terça-feira na Bahia. À tarde, elesfecharam a Via Expressa, em Salvador, no sentido porto.

Também há interdições na cidade de Luís Eduardo Magalhães. Um trecho que estava interditado em Feira de Santana foi liberado no fim da tarde. Veja aqui os pontos com bloqueios.


No CE, protesto dos caminhoneiros congestiona
BR-116 (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)

CE
Os bloqueios também chegaram ao Cearánesta terça-feira, onde cerca de 60 caminhões fecham os dois sentidos da BR-116, em Fortaleza. Apenas veículos pequenos, de emergência e caminhões com carga viva podem passar.

O trecho é um dos principais acessos à capital cearense e com intensa movimentação de cargas, já que a rodovia liga o Ceará ao Rio Grande do Sul. Veja aqui os pontos com bloqueio.
Caminhoneiros buscam apoio de outros motoristas
(Foto: Alan Batislani/Arquivo pessoal)

SP
Um protesto de caminhoneiros bloqueou os acessos ao Porto de Santos durante quase nove hores. A fila de caminhões fez com que a Ecovias, concessionária que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), liberasse a circulação de veículos de passeio, que chegam da capital paulista, pelo acostamento da Rodovia Anchieta.

Perto do porto, o Batalhão de Choque da Polícia Militar se organizou para liberar a pista e após isso abordou os caminhoneiros. Alguns se negaram a sair. A polícia usou bombas de gás e prendeu 7 pessoas.


O trânsito lento acabou atrapalhando os motoristas que trafegavam pelo local durante a tarde. Alguns dos condutores, que estavam com os carros parados na Anchieta, acabaram sendo assaltados por criminosos que se aproveitaram dos protestos.

Um outro grupo realizou um ato de protesto no km 560 da Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), em Parapuã, interior de São Paulo. A via foi liberada no fim da tarde.

Protesto na BR-381 em trecho próximo a Betim,
nesta terça-feira (24) (Foto: Reprodução/TV Globo)

MG
Em Minas Gerais, os caminhoneirosinterditavam parcialmente, nesta terça-feira, a Rodovia Fernão Dias, em Igarapé, na Grande BH; em Oliveira, no Centro-Oeste; e em Perdões, no Sul; e em Santo Antônio do Amparo. Veja aqui os pontos de bloqueio no estado.

São registrados bloqueios também na BR-262 e na BR-040. Manifestantes fecharam ainda o trecho da MG-050 que liga Divinópolis a Formiga.

A manifestação na Região Metropolitana afeta a produção de veículos na Fiat pelo segundo dia consecutivo. Segundo a assessoria de imprensa da empresa, devido à falta de peças que não foram entregues não é possível retomar a produção, e turnos foram suspensos.

A paralisação no Centro-Oeste de Minas já provoca reflexos nos postos de combustíveis. Em Oliveira, pelo menos três já confirmaram que estão fechados e outros têm quantidade mínima para abastecimento.

Caminhoneiros fazem paralisação na PR-218,
em Astorga (Foto: Ramon Rosa/Arquivo Pessoal)

PR
Segundo a PRF, até as 16h20 desta terça, o estado tinha 31 pontos de interdição em rodovias.

A paralisação afetou as operações do Porto de Paranaguá. Dos 900 caminhões que deveriam descarregar no pátio nesta terça, apenas 45 chegaram. Segundo a administração, 1.569 caminhões também deixaram de carregar os grãos do porto. 

Os bloqueios também causaram falta de combustíveis em alguns postos do sudoeste e do oeste do Paraná. Naqueles em que ainda havia combustível, o litro da gasolina chegou a R$ 5.

Indústrias de alimentos, agricultores e pecuaristas do oeste, sudoeste e norte do Paraná estão suspendendo as produções. Frigoríficos em Francisco Beltrão, Dois Vizinhos e Toledo deixaram de fazer o abate de aves.
Em Marmeleiro, nesta terça, um produtor teve que jogar fora 3 mil litros de leite, já que os caminhões do laticínio para quem fornece em Santa Catarina não conseguem chegar à propriedade no sudoeste do Paraná desde o dia 18.

Dezenas de caminhões parados na estrada em
Xanxerê (Foto: PRF/Divulgação)
SC
Em Santa Catarina, onde os protestos ocorrem desde quarta-feira (18), há pelo menos 32 rodovias estaduais e federais com bloqueios de caminhoneiros.

Os atos se concentram, principalmente, no Oeste do estado, mas há bloqueios também na Serra, no Vale do Itajaí, no Sul e no Norte. Veja aqui os pontos de bloqueio no estado. 

Segundo o Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados (Sindileito), por causa dos bloqueios a coleta de leite no estado pode ser 100% interrompida. O Sindicato dos Postos de Combustíveis de Chapecó afirma que 90% dos postos do oeste catarinense estão sem conbustível.

A maioria dos frigoríficos do estado deve parar a produção nesta terça-feira, segundo o diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Carne e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne) e da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV), Ricardo de Gouvêa.

"O prejuízo é muito grande. Hoje ainda não é possível mensurar. Ele é do tamanho de toda a cadeia produtiva", disse Gouvêa.
Caminhoneiros protestam em rodovias do RS
(Foto: Divulgação/PRF)
RS
A Justiça Federal determinou o desbloqueio de rodovias em Pelotas (BR-116, BR-293 e BR-392), Passo Fundo (BR-285), Santa Rosa (BR-472) e Santa Vitória do Palmar (BR-468).

Segundo as polícias rodoviárias federal e estadual, manifestações de caminhoneiros ocorrem em mais de 20 rodovias do estado nesta terça-feira. Em algumas delas, veículos de carga são impedidos de seguir viagem.
A paralisação dos caminhoneiros já afeta diversos setores produtivos no estado. Indústrias de laticínios e frigoríficos, por exemplo, estão com produção reduzida por falta de matéria-prima e já contabilizam prejuízos. Caso a circulação de mercadorias não seja normalizada, os supermercados afirmam que podem faltar produtos nas prateleiras.

Se o bloqueio continuar, em um ou dois dias faltará leite no mercado, estima o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do estado (Sindilat-RS). O maior frigorífico de suínos do estado suspendeu as atividades nesta manhã e 3 mil animais deixarão de ser abatidos.
Protesto de caminhoneiros em Mato Grosso
(Foto: Reprodução/TVCA)

Segundo a PRF, os caminhoneiros não deram trégua durante a noite e mantiveram as interdições nos municípios de Cuiabá, Rondonópolis, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Sorriso e Diamantino. Em Sinop, o bloqueio começou no início da manhã.

Os caminhoneiros tentam impedir, há quase uma semana, que os veículos de cargas façam o escoamento da produção agrícola.

Os caminhões com combustíveis seguem presos em bloqueios e, como consequência, o óleo diesel acabou em distribuidora no Norte do estado.
Caminhoneiros durante bloqueio na BR-463
em Sanga Puitã (Foto: Martin Andrada/ TV Morena)
MS
Durante praticamente todo o dia, os caminhoneiros realizaram bloqueios em nove trechos de estradas em Mato Grosso,liberando as vias no início da noite desta terça-feira.

Os protestos se concentram em São Gabriel do Oeste, Dourados, Campo Grande e Ponta Porã. Veja aqui a situação das estradas no país. 

Para o caminhoneiro Marcelo Silva, o protesto está mal organizado. Ele saiu de Santa Catarina para entregar piso em Mato Grosso e já passou por quatro pontos de manifestação. "São nossas reivindicações, claro, mas nem todos os caminhoneiros estavam preparados para a paralisação", disse durante parada na BR-163, em São Gabriel do Oeste.


Os motoristas que participam do protesto no estado montaram tendas na beira das rodovias, onde improvisaram almoço nesta terça-feira. Os organizadores do movimento afirmam que não há previsão para o término dos bloqueios.

Fonte: G1



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