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sábado, 21 de fevereiro de 2015

Cocal: Famílias de Algodões pedem bloqueio de 8 milhões do Estado

Corsino Medeiros, da Avaba: tentativa de audiência com o governador e manifestação cobrando pensões atrasadas

A Associação das Vítimas e Amigos da Barragem Algodões (Avaba) entrará com ação na próxima semana junto ao Tribunal de Justiça do Piauí pedindo o bloqueio de R$ 8 milhões das contas do Governo do Estado para pagamento do benefício alimentar das 763 famílias dos municípios de Cocal da Estação e Buriti dos Lopes que foram atingidas pelo rompimento da Barragem Algodões, ocorrido em maio de 2009.

De acordo com o presidente da Avaba, Corsino Medeiros, a decisão pela medida judicial é por causa do atraso de 6 meses no pagamento do benefício e pela recusa do Governo do Estado em receber as famílias para discutir os pagamentos. Segundo ele, a Associação já protocolou pedido de audiência com o governador Wellington Dias no Palácio de Karnak. "Nós tentamos já uma audiência no Palácio de Karnak no último dia 29 de janeiro e não conseguimos. Como na outra administração, o governador faz questão de ignorar o povo. É um governo do povo, um governo popular que não quer saber do povo. Lamentavelmente a gente tem que dizer essa verdade. Gostaríamos que houvesse um diálogo e que as coisas andassem segundo a lei, mas não andam", afirmou Corsino.

Ao todo, 24 pessoas morreram no rompimento da barragem e cerca de 6 mil pessoas ficaram desabrigados. Dessas, 763 famílias entraram na Justiça pedindo indenização e pagamento de uma pensão que garantisse a sua sobrevivência até que elas se reestruturassem. Mas segundo Corsino Medeiros, o Estado até hoje não pagou a indenização de R$ 150 mil destinada para cada família atingida, e com os atrasos no repasse da pensão alimentar, as vítimas estariam vivendo em situação precária. 

A decisão em favor das vítimas foi dada pelo desembargador Luiz Gonzaga Brandão de Carvalho, da 2ª Câmara Especializada Cível do Tribunal de Justiça, ainda em maio de 2014. "As famílias estão em situação precária e, diante disso, agora vamos tentar via Judiciário (receber os atrasados), já que o Governo não quer conversar com a gente. Cocal ainda recebeu até setembro, mas desse mês para cá nem as famílias de Cocal receberam mais nada e Buriti dos Lopes nunca recebeu nada. E a justiça garantiu a pensão alimentícia desde 2009, ou seja, o Judiciário também está sendo ignorado", disse o presidente da Avaba.

Fonte: Tropical Noticias



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