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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

TRE marcará julgamento contra Wilson e Zé Filho


Apesar da estratégia das defesas do ex-governador Wilson Martins (PSB), candidato ao Senado, e do governador Zé Filho (PMDB), candidato à reeleição, que resultou na retirada da representação de número 9-69.2011.6.18.0000, que o PSDB movia contra os dois gestores, o procurador eleitoral da República, Kelston Lages, garante que o processo entrará na pauta de julgamentos do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí nos próximos dias. Segundo ele, a data do julgamento depende agora do juiz Hélio Camelo.

O julgamento será possível depois que o Ministério Público Federal assumiu o caso. Kelston Lages afirmou que a demora no julgamento da ação se deve a estratégias da defesa para “procrastinar” o processo. “Não existe nenhuma pressão para que o julgamento ocorresse agora como eles querem parecer. O processo voltou a julgamento na época da eleição porque acabaram todas as possibilidades de recursos que a defesa usou. Foram nove recursos contra esse processo que será julgado agora. Eles tentam procrastinar o processo. Por isso ocorre tanta demora”, declarou.

De acordo com o procurador, existem duas ações contra Zé Filho e Wilson Martins pelo mesmo caso de suposta corrupção eleitoral. “Essas pessoas já foram indiciadas em inquérito na Polícia Federal. Existem dois processos, um está no Supremo Tribunal Federal (STF) e o outro que é este que será julgado nos próximos dias”, explicou.
A representação foi ajuizada pelo diretório estadual do PSDB contra o ex- -governador Wilson Martins (PSB) e o atual governador Zé Filho (PMDB), em 2010. No pleito daquele ano, Wilson era candidato a governador e Zé Filho a vice. Os dois tinham como adversário Sílvio Mendes (PSDB) hoje vice de Zé Filho. De acordo com a denúncia, o inquérito da Polícia Federal de número teria constatado que Wilson Martins repassou mais de R$ 500 mil para a Fundação Francisca Clarinda Lopes, que foi apontada como responsável por ações de aliciamento de eleitores. O Ministério Público Eleitoral chegou à ONG após a prisão, na véspera do segundo turno da eleição, de quatro pessoas, por corrupção eleitoral. Os advogados de Wilson Martins e Zé Filho negam as acusações.



Fonte: O Dia



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