Apesar da estratégia das defesas do
ex-governador Wilson Martins (PSB), candidato ao Senado, e do governador
Zé Filho (PMDB), candidato à reeleição, que resultou na retirada da
representação de número 9-69.2011.6.18.0000, que o PSDB movia contra os
dois gestores, o procurador eleitoral da República, Kelston Lages,
garante que o processo entrará na pauta de julgamentos do Tribunal
Regional Eleitoral do Piauí nos próximos dias. Segundo ele, a data do
julgamento depende agora do juiz Hélio Camelo.
O julgamento será possível depois que o
Ministério Público Federal assumiu o caso. Kelston Lages afirmou que a
demora no julgamento da ação se deve a estratégias da defesa para
“procrastinar” o processo. “Não existe nenhuma pressão para que o
julgamento ocorresse agora como eles querem parecer. O processo voltou a
julgamento na época da eleição porque acabaram todas as possibilidades
de recursos que a defesa usou. Foram nove recursos contra esse processo
que será julgado agora. Eles tentam procrastinar o processo. Por isso
ocorre tanta demora”, declarou.
De acordo com o procurador, existem duas
ações contra Zé Filho e Wilson Martins pelo mesmo caso de suposta
corrupção eleitoral. “Essas pessoas já foram indiciadas em inquérito na
Polícia Federal. Existem dois processos, um está no Supremo Tribunal
Federal (STF) e o outro que é este que será julgado nos próximos dias”,
explicou.
A representação foi ajuizada pelo
diretório estadual do PSDB contra o ex- -governador Wilson Martins (PSB)
e o atual governador Zé Filho (PMDB), em 2010. No pleito daquele ano,
Wilson era candidato a governador e Zé Filho a vice. Os dois tinham como
adversário Sílvio Mendes (PSDB) hoje vice de Zé Filho. De acordo com a
denúncia, o inquérito da Polícia Federal de número teria constatado que
Wilson Martins repassou mais de R$ 500 mil para a Fundação Francisca
Clarinda Lopes, que foi apontada como responsável por ações de
aliciamento de eleitores. O Ministério Público Eleitoral chegou à ONG
após a prisão, na véspera do segundo turno da eleição, de quatro
pessoas, por corrupção eleitoral. Os advogados de Wilson Martins e Zé
Filho negam as acusações.
Fonte: O Dia
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