A docente expôs o caso em sua conta pessoal da rede social facebook.
A professora do curso de Química da Universidade Federal do Piauí, Naise
Mary Caldas, relata que foi vítima de racismo na noite de ontem (29),
em Teresina. Duas pessoas teriam usado a campanha #somostodosmacacos,
massificada nas redes sociais, referindo-se à professora.
O fato aconteceu quando Naise estava em um supermercado na Zona Leste da
capital. Ao chegar à sessão de produtos para cabelos crespos, escutou
risos e comentários de duas vendedoras do local. “Hoje, ao entrar em um
supermercado da cidade, duas moças olharam, riram e minutos depois
"dialogaram" a frase: "Somos todos macacos!" Respirei fundo, saí de
perto delas, passei no caixa, entrei no meu carro, pensei: "Volta
Zumbi!" e voltei para o trabalho”, desabafou a vítima no seu perfil do
facebook.
Em entrevista ao PortalODia.com, Naise falou que já se acostumou com
olhares e comentários por conta de sua altura e seu cabelo black power,
por isso ignorou a atitude das vendedoras. Manifestou-se, ainda, a
respeito da repercussão da campanha a favor do jogador de futebol Daniel
Alves. “Esta campanha nunca será positiva. O ato do jogador de comer a
banana foi algo forte no momento, mas que acarretará consequências bem
negativas. Trata-se de uma campanha ridícula que só reforça o
preconceito”, ressaltou.
Indagada sobre quais as possíveis soluções para o fim do racismo, a
professora é bem sucinta. “A solução mais viável para acabar com o
racismo é a educação. As crianças devem saber desde cedo que somos todos
diferentes, ninguém é igual”, concluiu.
ODIA
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