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Novo ministro da educação descarta duas edições do Enem por ano
Escolhido para comandar o Ministério da Educação (MEC) neste
último ano do mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), o novo titular
da pasta, José Henrique Paim, assume reforçando o caráter de médio e
longo prazo das políticas da área.
Há dez anos no MEC, Paim descartou fazer duas edições do
Exame Nacional do Ensino médio (Enem) no ano e disse que a formação
Docente será a prioridade. Veja trechos de sua primeira entrevista.
Qual serão suas prioridades?
A intenção é organizar o processo. O exemplo seria o
Pronatec, em que reorganizamos a oferta de cursos técnicos e fizemos
pactuação com Estados e municípios. E o resultado foi a ampliação no
número de matrículas. Vamos discutir com a academia e
secretarias para ter essa pactuação permanente. A formação vai virar
nossa obsessão e vamos trabalhar para ter resultados neste ano.
Haverá reforma de currículo?
A preocupação é entrar nessa discussão, que já vem ocorrendo, mas com cuidado. Porque as universidade têm autonomia nos currículos.
Isso será suficiente para atacar o desinteresse do jovem em ser Professor?
Temos o Pibid (Programa de Bolsa de Iniciação à Docência),
que trabalha para que o jovem se interesse por docência. Ele está
fazendo licenciatura em Matemática, por exemplo, e participa de
atividades em Escola, com a preceptoria na rede e orientação da
universidade.
O debate de carreira acompanha esse processo?
Temos a Lei do Piso, que é um esforço para atrair mais gente para a
carreira. Tivemos um salto de 78% no valor, é a única categoria que tem
um piso.
E os Estados que não pagam?
O que fazemos é acompanhar.
Haverá duas edições do Enem por ano?
Já está dentro do planejamento trabalhar com um Enem.
E o Enem censitário, para que ele componha o Ideb?
É um desejo do MEC, depende do Inep. No próximo Ideb não será, trabalhamos para o outro.
Como ficarão as ações para o Ensino médio?
Permanece a discussão. Nós temos um programa (de formação e de bolsas
para Professores), e queremos que ele seja implementado. Tem o
redesenho curricular em discussão com as secretarias, mas qualquer ação
que envolve Educação básica tem negociação com a rede.
O senhor defende os 10% do PIB para Educação pública?
O Plano Nacional da Educação (PNE) está sendo discutido no âmbito do
Congresso, mas, em relação ao que foi votado, a questão dos 10% está
definida.
O governo banca boa parte das matrículas no Ensino superior
particular com o Fies e ProUni, mas o diagnóstico é que o cursos não são
bons. É hora de rever a avaliação?
Já existe filtro de qualidade, mas a questão regulatória é
prioritária. O MEC vem fortalecendo a área, criou secretaria de
regulação e quer aprovar o Insaes (Instituto Nacional de Supervisão e
Avaliação da Educação Superior) no Congresso, para ter instrumentos para
regulação cada vez mais forte.
O MEC vai cumprir a meta de construir 6 mil Creches?
Estamos trabalhando para isso. Estamos com 1,4 mil e tem 2,5 mil em construção.
Fonte: Acessepiaui.com e Proparnaiba.com
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