O ano ainda não começou
para os parlamentares, que só voltam a trabalhar no início de fevereiro,
mas o Senado não descuidou da alimentação das "excelências" durante as
votações. No último dia de 2013, a Casa assinou um contrato para que uma
empresa forneça nos próximos quatro meses 20 gêneros alimentícios aos
senadores em plenário. A expectativa é gastar no período R$ 47,6 mil com
os itens, quase R$ 12 mil por mês.
Na lista, os senadores
terão a seu dispor uma extensa lista de produtos, para além da água e do
tradicional cafezinho, objetos de outros contratos: 1.680 pacotes de
biscoito de dois tipos, 3.340 caixinhas de quatro tipos de chás, 2.500
caixinhas de cinco tipos de suco, cerca de 1 mil litros de leite
integral e leite em pó, 670 pacotes de pão de forma, outros 670 de
torrada "levemente salgada", 400 quilos presunto magro, 340 unidades de
manteiga, 600 quilos queijo mussarela e 500 unidades de requeijão
cremoso.
Pela licitação, a
empresa tem 24 horas para fornecer as quantidades requeridas pela
administração Senado. Na justificativa constante do edital, a Casa
defende a compra dos alimentos. "Trata a presente aquisição de gêneros
alimentícios, para uso diário, comprometido com o bom desempenho das
atividades do plenário do Senado Federal".
No ano passado,
reportagens do jornal O Globo revelaram que garçons do Senado ganhavam
até 20 vezes o piso da categoria em Brasília. Sete deles recebiam entre
R$ 7,3 mil a R$ 14,6 mil e todos teriam sido nomeados por atos secretos
editados em 2001 pelo então diretor-geral da Casa, Agaciel Maia. Logo em
seguida, o Senado divulgou nota em que negou a existência dos atos
secretos, ressaltando que todos os atos de nomeação estão "devidamente
regularizados e publicados".
Fonte: OPovo
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