O Conselho Regional de Medicina do
Piauí cancelou nesta terça-feira
(29) o registro profissional dos primeiros 19 médicos estrangeiros que chegaram
ao estado. Segundo o CRM, o Ministério da Saúde (MS) perdeu o prazo de 15 dias
para informar o local de desempenho das atividades, além de comunicar
formalmente o tutor acadêmico e o supervisor dos profissionais médicos
intercambistas.
Ofício do CRM informando sobre o cancelamento dos registros dos médicos estrangeiros no Piauí (Foto: CRM-PI) |
Ele diz ainda que a ação do CRM já era esperada,
pois desde o início o conselho não concordava com esse registro e que a
autorização provisória foi uma decisão imposta pelo Ministério da Saúde. “O MS
não fez nenhum pedido aos conselhos, mas impôs que esses registros fossem
expedidos. Esse cancelamento é uma decisão irrevogável”, diz.
Além do cancelamento das licenças para atuação,
Fontes denunciou falhas no atendimento de alguns estrangeiros no Piauí. “Eles
desconhecem um remédio como o captopril que serve para o tratamento de
hipertensão, medicamento básico utilizado no SUS (Sistema Único de Saúde). Isso
é uma ameaça para a população pobre que vai ser atendida por esses
profissionais. Temos que alertar a sociedade para esse perigo. O CRM não se
responsabiliza por erros que esses profissionais possam vir a cometer. Essa
responsabilidade é totalmente do Ministério da Saúde”, afirma Emmanoel.
A cassação dos registros dos
profissionais estrangeiros não atinge os 27 médicos cubanos que chegaram ao
estado no domingo (27). Estes receberam a autorização para trabalhar
diretamente do Ministério da Saúde.
As assessorias de imprensa do MS
no Piauí e em Brasília foram procuradas para comentar a atitude do CRM, mas
ninguém foi encontrado.
Em setembro, médicos estrangeiros chegaram a participar de oficina em Teresina (Foto: Catarina Costa/G1) Fonte: G1 e Portal Boca do Povo |
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