Após esclarecimentos na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o Senado Federal aprovou, no início da noite desta quarta-feira, o reajuste salarial que chega a 41,5% para servidores do judiciário e do Ministério Público da União. De acordo com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, o impacto, em 2016, do aumento será de R$ 1,7 bilhão. O valor, segundo o governo, já estava previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2016. Até 2018, última parcela do reajuste, o impacto será de R$ 8,5 bilhões.
O texto vai agora para sanção do
presidente em exercício, Michel Temer, e, consequentemente, sua
publicação. Com isso, a primeira parcela do reajuste começar a valer no
início de agosto.
O dia foi de afirmações para a aprovação do
texto. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, foi o primeiro a
reforçar a necessidade da aprovação da matéria. Em seguida, durante
sessão da CAE, Dyogo Oliveira esclareceu dúvidas de senados contrários à
matéria. O Judiciário, por exemplo, havia enviado texto em que constava
impacto de R$ 2 bilhões com o reajuste já em 2016.
—
Na verdade trata-se de um esforço para reduzir o prejuízo acumulado ao
longo de 10 anos com a corrosão inflacionaria. É reposição das perdas.
Não está sendo recomposto tudo, mas é melhor recompor algo do que não
efetuar nenhum esforço nesse sentido, que pode acarretar sérios
prejuízos na qualidade e volume do serviço prestado à população — disse
Alisson Ribeiro Silva, coordenador de Políticas Permanentes da Federação
Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público
da União (Fenajufe).
Quase 39 mil servidores serão beneficiados
pela decisão. De acordo com previsão do Ministério do Planejamento, são
mais de 34 mil funcionários do Judiciário federal, somados aos mais de 4
mil servidores do Ministério Público da União.
Postar um comentário