Na manhã desta quarta-feira (14/10), a Polícia Civil por meio da Delegacia de Homicídios apresentou durante uma entrevista coletiva o resultado das investigações em torno do homicídio tendo como vítima o jornalista Elson Feitosa. Três homens identificados como Misael, José Carlos e Madson são os suspeitos do crime.
Segundo a polícia, o assassinato foi premeditado por um ex-namorado da vítima identificado como Madson Pereira Costa, de 20 anos. Elson Feitosa foi morto a pauladas, asfixia e teve o seu corpo queimado e deixado em José de Freitas.
De acordo com informações do delegado Danúbio Dias, a vítima foi levada para uma residência no dia 02 de outubro que fica localizada no bairro Piçarreira como pretexto de que ia ocorrer uma orgia sexual. "Tudo foi bem premeditado, às 19h30 do dia 2 o suspeito pulou o muro e abriu o portão da casa. Elson entrou e estacionou o carro na garagem. Assim que ele entrou na cozinha Madson desferiu um golpe com um taco de beisebol na cabeça do jornalista. José Carlos Pacheco esteve na cena do crime e ajudou a matar o jornalista segurando-o enquanto o acusado batia nele. Em seu depoimento ele contou que está muito abalado e não consegue esquecer Elson pedindo piedade. Já o Misael ficou fazendo a vigilância do local, ele inclusive ajudou a colocar o cadáver no porta malas e pararam em um posto de gasolina agindo friamente. lá na zona rural de José de Freitas, os três atearam fogo no corpo da vítima", afirmou o delegado.
"Eles mataram para roubar, para subtrair o veículo, cartões e dinheiro da vítima. A intenção deles era dificultar e ocultar o crime. Nós em tempo hábil seguimos com as investigações e descobrimos que ele estava fugindo. O delegado Bareta conseguiu descobrir onde ele estava, acionando as polícias do Maranhão e ele foi preso em Barão de Grajaú, no Maranhão. A vítima tinha uma relação de amizade com o rapaz, ele chamou a vítima para conversar, se divertir, confiando no acusado e acabou sendo morto. Esse é um crime muito cruel", afirmou o Delegado Danúbio Dias.
O delegado acrescentou ainda que imagens de câmeras de segurança ajudaram a solucionar o crime. “No dia seguinte, imagens da câmera de segurança de um supermercado da capital mostram os três suspeitos realizando compras com o cartão da vítima às 09h30. Eles tentaram efetuar compras de celulares e relógios no valor de R$ 4 mil reais e isso despertou a atenção da coordenadoria de segurança daquele supermercado em questão. Eles tentaram comprar esses produtos, não conseguiram efetuar a compra. Em outras investigações nós conseguimos verificar a compra de um suco que foi comprado por eles às 08h54, ou seja, eles demoraram quase uma hora dentro do supermercado chamando a atenção dos seguranças”, afirmou.
“Feito isso nós prosseguimos nesse mesmo dia diligências para tentarmos conseguir imagens das transações feitas em um posto de gasolina .Verificamos que nesse posto, o veículo da vítima modelo Gol de cor prata ano 2007 foi filmado, eles tentaram abastecer a quantia de R$ 25 reais. Naquela segunda-feira tínhamos a imagem de três pessoas e o desafio de saber quem eram essas pessoas. Vimos que a pessoa do supermercado é a mesma pessoa que está conduzindo o veículo no posto”, continuou o delegado.
Segundo ele, o crime não se tratava de um latrocínio comum. “Nós passamos a deduzir que a pessoa que praticou o crime era do ciclo de amizade da vítima porque tentou destruir o cadáver, conversando com o pessoal do posto eles disseram que nesse dia como eles não conseguiram pagar um ficou no posto enquanto os outros dois foram buscar dinheiro e cerca de 10 a 15 minutos depois eles retornaram, a partir daí nós deduzimos que a residência deles era ali próximo no bairro Piçarreira. Outro fato que nos chamou atenção foi que o local de tentativa de destruição do cadáver é um local de difícil acesso, não tem sentido uma pessoa que não conhece aquele local levar o corpo até ali e retornar com a segurança com que fez e isso indicava que o autor conhecia a região ou morava nas proximidades”, destacou.
Após as investigações, o delegado começou a entrevistar pessoas próximas ao jornalista. “Em seguida nós passamos a entrevistar as pessoas próximas a vitima, uma delas disse que no dia do crime por volta das 18h se encontrou com a vítima na cidade de Timon, naquela oportunidade a vítima convidou a testemunha para sair com um amigo em comum deles que não se viam a muito tempo e disse para testemunha que o conhecia de um bar na Piçarreira. Eu perguntei a testemunha se ele lembrava o nome desse rapaz, ele disse que se chamava Mádson. Depois eu perguntei se tinham alguma foto, ele disse que a vítima tinha mandado uma foto desse rapaz para ele mas que tinha apagado, só que nós conseguimos recuperar a imagem e foi onde encaixamos o caso”, falou.
Elson foi atraído por amigos para uma residência na zona Leste
Fonte: Meio Norte e 180Graus
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