A iniciativa tem o objetivo de ajudar mulheres
vítimas de violência do companheiro, amigo ou familiar. No entanto, a
ideia, que parece simples, tem sido questionada por ONG's e instituições
de combate à violência doméstica
Como um ponto preto desenhado na mão pode ajudar alguém? A “campanha do ponto preto” vem chamando atenção no mundo e acabou viralizando no Brasil, mas também tem gerado polêmica.
Idealizada
e lançada no último mês por uma inglesa, que chegou a dar entrevistas a
canais de TV e revistas locais sobre o assunto, a iniciativa tem o
objetivo de ajudar mulheres vítimas de violência do companheiro, amigo
ou familiar. A ideia é que, com o ponto preto desenhado na mão, a vítima
possa pedir socorro sem chamar atenção do seu agressor.
Em suas
entrevistas, a inglesa contou ter criado a campanha depois de ter sido
vítima de violência física, emocional e sexual por cinco anos. A mulher
afirmou em seus depoimentos não ter coragem de denunciar o agressor, e
revelou que, durante todo o tempo em que sofreu violência, pensava em
ter algum tipo de “mensagem” no corpo que fizesse com que os outros
percebessem que ela precisava de ajuda.
Embora pareça uma idea
simples, a campanha vem causando polêmica na Inglaterra, de acordo com
informações divulgadas pelo portal da Veja . O problema seria que, com a
viralização nas redes, o conceito foi desvirtuado.
Pessoas que
não sofrem violência doméstica começaram a postar selfies com a marca na
mão em apoio à iniciativa. E o projeto foi criticado por ONG’s e
instituições de combate à violência, sob a justificativa de que as
vítimas ficariam ainda mais expostas se fizessem o desenho. Além disso,
questionou-se a eficácia da proposta, de como essas mulheres
conseguiriam ajuda apenas mostrando a mão, se é segura tal atitude, etc.
Toda a polêmica teria levado a idealizadora a apagar a página do projeto no Facebook.
Ainda
conforme informações divulgadas pela Veja, no Brasil há dois grupos
fechados de discussão sobre a campanha. “Black Dot Campaign Brasil” e
“Eu apoio The Black Dot Campaign Brasil”. Cada um deles tem cerca de 4
mil membros.
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