A defensora pública Aline Patrício, disse como ocorreu a aplicação de medidas no julgamento dos menores.
“Foi aplicada a pena máxima, por ser um crime de homicídio, onde os menores foram réus confessos”, disse a defensora pública Aline Patrício.
Os familiares estiveram presentes e não haverá recurso aplicado no julgamento. O modo como eles cometeram o homicídio foi um agravante para a sentença.
“A sentença foi tão justa que a defesa não irá recorrer”, disse o juiz responsável pelo caos.
O Promotor de Justiça, Maurício Verdejo, afirmou que os adolescentes cumprirão a medida de internação máxima.
“Esses jovens já cometeram pequenos delitos e muitos aspectos foram avaliados com a condenação máxima, sem recurso e eles começam a cumprir deste então”, disse Maurício Verdejo.
Herbert
Neves, ex-gerente de internação do Centro Educacional Masculino, na
época em que houve o assassinato, também participou do julgamento como
testemunha de acusação e reiterou tudo o que relatou quando ocorreu o
crime.
"Eles assumiram que mataram o Gleison com requintes de
crueldade e o crime não poderia ser evitado, ja que foram os próprios
menores que arquiteram tudo. Eles chegaram a dizer que não iam fazer
nada um contra o outro. A decisão de ficarem todos em apenas uma cela,
também partiu dos adolescentes", declarou.
Participaram também o
ex-diretor educacional de atendimento socioeducativo da Sasc, Anderlly
Lopes e o ex-coordenador do CEM, Marivaldo Viana. Ambos foram afastados
da função desde a morte de Gleison e e respondem a processo
administrativo na Sasc.
Durante o julgamento, Marivaldo Viana,
afirmou que a morte não poderia ser evitada. "Tomamos todo o cuidado
possível. Se separássemos eles, os quatro poderiam morrer", disse
Marivaldo,
O ex-coordenador também decalrou que tem consciência
tranquila acerca da morte de Gleison e criticou a falta de estrutura do
Centro.
"As vezes eu tinha que cumprir o plantão de 12 horas porque o
número de educadores era insuficiente", completou.
Os adolescentes estão internados no Centro de Internação Provisória (CIP), no bairro Dirceu, zona Sudeste de Teresina.
Menores acusados de matar comparsa dentro do CEM são julgados
Começou
desde as 09h30, da manhã desta segunda-feira (21), na Secreatria da
Assistência Social e Cidadania -SASC, Complexo de Defesa da Cidadania, o
julgamento dos três menores suspeitos de estarem envolvidos na morte de
Gleison Vieira da Silva, 17 anos, dentro de uma das celas do Centro Educacional Masculino (CEM), em Teresina.
Eles
estão sendo ouvidos pelo juiz da 2ª Vara da Infância e da Juventude,
Antonio Lopes, participam do julgamento a Promotoria de Justiça e
Defensoria Pública.
Outras testemunhas como educadores do CEM de
Teresina, policiais militares, familiares e os menores que estavam na
cela ao lado também estão sendo ouvidos.
O juiz enfatizou que a sentença que será dada está relacionada somente ao assassinato de Gleison Vieira da Silva ocorrido dentro do CEM, no dia 16 de julho de 2015. O julgamento não tem ligação com o crime de estupro coletivo de Castelo do Piauí onde 4 adolescentes foram agredidas e estupradas.
As primeiras testemunhas foram ouvidas na última quinta-feira (17),
em que 10 pessoas, além das mães dos adolescentes que também são
acusados de participar do estupro coletivo em Castelo do Piauí junto com
Gleison Vieira da Silva.
O julgamento foi adiado devido os
defensores públicos do caso terem pedido para que fossem ouvidas mais
duas testemunhas, mas deve ser concluído ate o final do dia.
FLASH DA REPÓRTER IZABELLA PIMENTEL
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