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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Cerca de 110 mil pessoas participam da Parada da Diversidade, em homenagem à travesti Makelly Castro

Com participação de cerca de 110 mil pessoas, na avaliação coronel Júlia Beatriz, da Polícia Militar, foi realizada durante a tarde e noite de domingo, na Avenida Raul Lopes , a 14ª Parada da Diversidade, realizado pelo grupo Matizes. A Parada da Diversidade fez homenagem póstuma à travesti Makelly Castro, assassinada no ano passado e fez protesto contra o homofobia.

A coordenadora do Matizes, Marinalva Santana, afirmou que o evento no início reunia 1.500 pessoas, hoje reúne  mais de 100 mil pessoas de vários municípios do Piauí e Maranhão.

"O evento acontece há 14 anos. No início, reunia cerca de 1.500 pessoas. Hoje, reúne milhares de pessoas de Teresina e inúmeros municípios do Piauí e Maranhão. Além disso, antes só víamos a presença de gays, travestis, lésbicas. O evento ganhou seu espaço e e agora a sociedade como um todo participa”, disse Marinalva Santana. 

“Por volta das 18 horas saímos na Raul Lopes, com percusso até a ponte Estaiada, onde teremos música com Djs e às 20 horas o show da Vanessa da Mata. Tem caravanas de Regeneração, Floriano, Piripiri, Bom Jesus, Campo Maior. Além disso, todo ano temos a presença de pessoas de Caxias, Matões e Nova York. A parada é, hoje, uma luta pela igualdade, contra a discriminação. É contra o racismo, machismo e todas as formas de discriminações. As pessoas cadeirantes, por exemplo, vem reivindicar seus direitos também. O público deste ano será igual ou maior do ano passado”, explica.

A professora e pesquisadora Andréia Rufino, que foi eleita madrinha da Parada da Diversidade 2015, falou sobre a importância do evento. 

“A Parada da Diversidade é fundamental a dá visibilidade a luta dos gays, lésbicas, mulheres, travesti, homossexuais. Isso tudo é resultado de um trabalho feito pelo Matizes que organiza e disponibiliza meios para apoiar e ajudar quem é vítima do preconceito. Os índices por homofobia são muito elevados no Brasil, principalmente no Piauí”, disse.

A presidente do Movimento Nacional Mães pela Igualdade, enfermeira Eleonora Pereira, falou sobre a importância do Movimento que possui o objetivo de apoiar os filhos LGBT.

“São mães que se unem para defender seus filhos da homofobia e lesbicofobia. Queremos que a sociedade não odeia e nem descrimine nossos filhos. A Parada da Diversidade é um espaço para reivindicar nosso direitos”, afirmou.

A Miss Universo Gay 2015, Mylla Dhyas, veio prestigiar a 14ª Parada da Diversidade ao lado do seu namorado Washeys Dhyas, que também é travesti.

“Estou aqui na Parada da Diversidade para dá apoio e manifestar contra o preconceito. Nós podemos ser felizes, dentro de nsosas escolhas”, disse Mylla Dhyas.

Homenagem a Makelly Castro
"Makelly vive; Abaixo a transfobia, homofobia e o racismo; Viva a igualdade e o amor", disse a coordenadora do Grupo Matizes, Marinalva Santava, durante a 14º Parada da Diversidade. Makelly Castro foi morta por asfixia em julho de 2014. O principal suspeito do crime é o professor universitário Luís Augusto Antunes, que foi preso na última sexta-feira.

Uma das participantes da Parada da Diversidade, Maria Laura dos Reis, que faz parte do Grupo Piauiense de Transexuais e Travestis, usava uma camiseta com a frase "Makelly 4ever" para relembrar de sua amiga, a travesti Makelly Castro.

“Era uma pessoa querida, que foi assassinada de forma brutal. Esse ano a gente está aqui para cumprir nossa missão, mostrar o assassino dela. A prisão dele foi uma surpresa para nós, porque ele se dizia uma pessoa da luta. Isso mostra que até no nosso meio existe preconceito e discriminação. Foi uma surpresa saber que o professor é suspeito, pois ele era militante da causa LGBT. Estamos fazendo essa homenagem para que o movimento não esmoreça. Desde o início estivemos na luta, cobrando diariamente, para que a Polícia Civil encontrasse o assassino de Makelly. Ela estará para sempre em nossos corações"”, disse Maria Laura.

A caminhada em defesa dos direitos LGBT saiu do Parque Potycabana, às 18h.

"A violência é o fantasma que nos cerca e temos que ter cuidado. Os conservadores avançam, estão defendendo a volta da ditadura militar e o golpe contra a presidente Dilma. Esses mesmos conservadores são os que defendem que viado bom é viado morto, gay bom é gay morto", falou Santana.

Segundo ela, no ano passado, 14 lésbicas e gays foram mortos no Piauí.

O secretário de Cultura, Fábio Novo, destaca que participa do evento em apoio à diversidade. "O país não terá verdadeiros cidadãos se não respeitarem a diversidade".

Desde às 16h, militantes e simpatizantes do movimento do LGBT se concentravm no Parque Potycabana, de onde sairam às 18h, em caminhada até o estacionamento da Ponte Estaiada, onde acontece o show da cantora Vanessa da Mata. A avenida Raul Lopes foi interditada nos dois sentidos.

Marinalva Santana disse ainda que durante a Parada da Diversidade- que tem como tema Quem Ama Cuida- haverá um momento para pedir Justiça e punição ao suspeito de matar Makelly Castro. "Todo mundo do movimento ficou assustado e perplexo", falou.



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Fonte: Meio Norte


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