Segundo o Inmetro, as multas para quem
produzir, importar e vender este tipo de lâmpada no Brasil variam de R$
100 a R$ 1,5 milhão
A partir desta quarta-feira, 1º, as lâmpadas incandescentes com potência de 60W vão sair de circulação. Agora é proibido
produzir, importar e vender este tipo de lâmpada no Brasil. As multas
para quem descumprir a regra variam de R$ 100 a R$ 1,5 milhão, segundo o
Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
O
motivo da retirada do produto do mercado é sua baixa eficiência
energética, já que consome muita energia para iluminar pouco. O processo
de funcionamento das chamadas lâmpadas quentes exige temperaturas
elevadas para gerar luz. A maior parte desse calor é perdido para o
ambiente. “Somente 5% da energia gasta é usada para iluminação. O resto é
usado para aquecer a lâmpada. É muita energia para pouca luz”,
esclarece o professor de engenharia elétrica, Luciano Duque.
Preço
Para
Duque, o maior obstáculo para a troca por tecnologias mais eficientes,
como as lâmpadas fluorescentes compactas ou as de LED, ainda é o preço.
“É possível encontrar lâmpadas de LED a partir de 20 reais. “Se você
comparar com uma incandescente de 4 reais, realmente a diferença é muito
grande, mas a economia na conta de luz vale a pena”.
O
engenheiro Marcos Borges afirma que a previsão do Inmetro é que, com a
saída das lâmpadas de 60W do mercado, e o início da produção em larga
escala de lâmpadas fluorescentes e de LED, a tendência é que os preços
caiam. Nos últimos anos a população tem se conscientizado sobre a
questão, por causa das desvantagens da outra. “Em 2010, 70% dos lares
brasileiros eram iluminados por lâmpadas incandescentes. Hoje, esse
número inverteu. Agora, somente 30% das residências usam as
incandescentes.”
Segundo Borges, o fim do consumo de lâmpadas
incandescentes nas casas brasileiras pode gerar uma economia de 4% de
toda a energia elétrica usada para abastecer residências. A previsão do
Inmetro é que, com a saída das lâmpadas de 60W do mercado, e o início da
produção em larga escala de lâmpadas fluorescentes e de LED, a
tendência é que os preços caiam.
Troca gradativa
Para
as famílias que não têm condições de trocar todas as lâmpadas
incandescentes de uma só vez, o professor Duque tem uma dica: trocar aos
poucos, de acordo com o orçamento familiar, a começar pelo cômodo da
casa que fica mais tempo aceso. “A cada lâmpada trocada, a família vai
ver a economia na conta de luz”. A troca de uma lampada de 60W
incandescente por uma de LED com luminosidade equivalente, ligada 4h por
dia, vai economizar em média 36 reais por ano na conta da luz,
informou.
O processo de retirada de lâmpadas incandescentes do
mercado brasileiro teve início em 2010. Desde então, as lâmpadas
incandescentes de 100W, 150W e 200W já foram retiradas do mercado. Com a
proibição das de 60W, ficam faltando apenas as de potência entre 25W e
40W, previstas para deixarem de ser comercializadas em 30 de junho de
2016.
Se comparada a tecnologias mais modernas, como as lâmpadas
fluorescentes compactas e as de LED, o uso das incandescentes não se
justifica, explica o professor de engenharia elétrica. Uma lâmpada
incandescente de 60W, ligada 5h por dia, por 30 dias, consome em média
9kw/h. Uma fluorescente de 20w, que gera a mesma intensidade de luz,
ligada pelo mesmo tempo, consome 3,6kw/h. Uma lampada de LED de 8W,
também ligada por 5h por 30 dias, consome 1,2 KW/h.”, destaca.
O
Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) informa
que a diferença de duração das lâmpadas é grande. Segundo o Procel, as
incandescentes duram em média 1000 horas, as fluorescentes 6 mil horas e
as de LED duram cerca de 25 mil horas.
Postar um comentário