O Sindicado dos Policiais Civis do Piauí (Sinpolpi) decidiu manter a greve iniciada nesta semana. Em assembleia realizada na manhã desta terça-feira (3), na praça Saraiva, em frente a Delegacia Geral, maioria dos servidores presentes decidiram continuar a paralisação, apesar do governo do estado ter afirmado que só irá continuar as negociações se os policiais voltarem aos trabalhos.
Maioria vota pela manutenção da greveCom
a manutenção da greve, os policiais civis só irão atender ocorrências de homicídios, latrocínios, estupros e crimes contra criança e idoso. Boletins de ocorrência estão sendo registrados somente na Delegacia Geral, no Centro de Teresina, e a Central de Flagrantes continuará a receber reforços para as ocorrências da capital. |
Com a manutenção da greve, os policiais civis só irão atender ocorrências de homicídios, latrocínios, estupros e crimes contra criança e idoso. Boletins de ocorrência estão sendo registrados somente na Delegacia Geral, no Centro de Teresina, e a Central de Flagrantes continuará a receber reforços para as ocorrências da capital.
Uma nova assembleia foi marcada para a próxima terça-feira (9) para avaliar o movimento, mas o Sinpolpi já acredita que a questão será judicializada.
O movimento começou após o governo conceder metade do reajuste salarial previsto para o mês de maio, alegando dificuldades para cumprir a lei de responsabilidade fiscal. Além do aumento, outras questões trabalhistas foram inseridas na pauta de reivindicações.
A categoria dos policiais civis se reuniu hoje (3) em assembleia geral para decidir pela suspensão ou não da greve iniciada à meia-noite de ontem. Segundo o secretário-geral do Sinpolpi, Valdir Bezerra, o delegado geral Riedel Batista chamou a entidade e afirmou que o governo só voltará a negociar se o movimento grevista for suspenso.
"Em plenária realizada ontem à tarde a direção autorizou que a assembleia prevista para sexta-feira fosse antecipada para hoje, para que todos os agentes e escrivães possam votar sobre a suspensão ou não do movimento para o retorno das negociações", explicou Valdir Bezerra.
Antes da reunião, o secretário-geral já não acreditava que a categoria fosse aceitar a suspensão do movimento. "Essa decisão do governo só provoca mais a categoria, porque desde o dia 26 de maio foi acordado a greve e o governo ficou calado durante esse tempo, não demonstrando interesse em resolver a questão. Por isso queremos forçar com a greve uma negociação até o governo ceder", afirmou Bezerra.
O presidente do Sinpolpi, Constantino Júnior, disse que a assembleia foi convocada somente para votar pela suspensão ou não do movimento. Ele afirmou que a contraproposta apresentada pelo sindicato ao governo nunca foi negociada. "São 12 itens que além do reajuste propusemos o aumento da diária para agente de nível superior e o reajuste do tíquete alimentação, que está congelado há 10 anos. Além dos outros 50% do reajuste salarial serem pagos em agosto e a parcela ser paga integralmente em dezembro", explicou o presidente.
Como foi mantida a greve, Constantino Júnior acredita que as negociações deverão ocorrer no Poder Judiciário. "Com certeza o governo vai pedir sua ilegalidade e essas negociações serão feitas na Justiça. Lá nós também vamos reivindicar que a diferença percentual entre delegados e agentes seja acordada, pois no começo do ano o estado deu sinal verde para a Assembleia Legislativa colocar os delegados no teto do Judiciário e não mais no teto do Executivo, e isso vai aumentar considerávelmente a diferença salarial que já é muito grande", afirmou o presidente.
GRECO
Os agentes do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) que participaram da assembleia decidiram votar pela manutenção da greve. Sendo assim, o grupo especializado só irá atender casos de crimes contra a vida. "Quando houver roubo a banco com pessoas machucadas, como aconteceu em Luzilândia em 2011, vamos mostrar para a sociedade que não estamos de braços cruzados e dispostos a trabalhar, mas não faremos operações, viagens e incursões no mato se não houver crime contra a vida", afirmou um dos agentes do Greco que não pode ser identificado.
Nomeações
Um grupo de alunos da Academia de Polícia Civil, formados agentes no última dia 21 de maio, também se juntaram ao movimento e reivindicam a nomeação. De acordo com Paulo Silva, são 118 agentes que aguardam serem chamados. "O número de agentes que deve ser nomeado não supre a necessidade da categoria, que hoje tem carência de pessoal. Somente este ano 140 policiais já se aposentaram e há pelo menos mais 400 até o fim do ano. A nomeação dos agentes para terceira classe é uma economia para o estado, porque os que estão indo para a inatividade são de carreira especial e ganham muito mais".
Fonte: cidadeverde.com
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