A situação do parcelamento dos reajustes salariais dos trabalhadores
da Segurança Pública do Piauí foi discutida nesta quinta, em audiência
pública na Assembleia Legislativa. Governo e policiais não entraram num
acordo. O estado quer o aumento parcelado, com 50% para o mês de maio e o
restante para o mês de janeiro de 2016. Proposta rejeitada pela
categoria.
Os parlamentares concordam em relação à necessidade de valorizar os
policiais e admitem que se houver uma greve, será uma situação de
enormes prejuízos para a sociedade.
Robert Rios (PDT) criticou os baixos salários dos policiais. “O
Governo contrata 'peso inútil' mas, deixa os policiais militares numa
situação insustentável". Ele exemplifica, dizendo que o executivo enviou
para a ALEPI nove suplentes e gasta mensalmente R$ 600 mil e que esse
valor daria para pagar mil policiais militares. E completa: "O resto
poderia ser pago com os fantasmas que ele nomeou para o Karnak".
Com o caos previsto, a categoria ameaça parar as atividades caso o
Governo do Estado não cumpra com o reajuste previsto. O Governo alega
que não tem recursos para cumprir com a implantação da última parcela de
reajuste aprovado pela ALEPI. Para o deputado Evaldo Gomes (PTC), que
propôs a audiência pública e a nova tentativa de negociação com o
Governo, "é preciso encontrar uma solução imediata para evitar o colapso
do sistema de Segurança do Estado".
O Secretário de Administração, Franzé Silva, deverá discutir com o
governador Wellington Dias uma nova proposta para a categoria, o mais
rápido possível. Marden Menezes disse que os cargos comissionados deixam
um impacto muito grande na folha de pessoal. O parlamentar alertou que
parte dos planos de cargos e carreira foram aprovados na administração
de Wellington Dias.
O vereador R. Silva disse que é uma injustiça
e que o Governo "não pode deixar de pagar a última parcela daquilo que
foi aprovado, isto é, o parcelamento do aumento dos salários dos
militares".
Nenhum deputado da bancada do Governo participou dos debates, com os policiais militares, bombeiros e policiais civis.
Fonte: Portalaz.com
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