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terça-feira, 28 de abril de 2015

Cirurgiões retiram um “feto” de dentro do cérebro de paciente com crescimento embrionário bizarro


Ela estava se esforçando muito para entender as coisas que havia acabado de ler e sentia-se perdida em conversas. Ela nunca iria imaginar que uma “gêmea do mal” crescia em seu cérebro.

Os médicos realizaram uma cirurgia para extrair o que eles acreditavam ser um tumor em seu cérebro, mas ficaram chocados ao descobrir o crescimento de um “gêmeo embrionário”, com osso, cabelo e dentes.


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Clinicamente falando, tratava-se de um teratoma cerebral, de crescimento muito raro. Hrayr Shahinian, especialista no Instituto Skullbase, em Los Angeles, que operou Karanam, já retirou cerca de 7.000 tumores cerebrais e viu apenas dois teratomas em toda sua vida e carreira.

No passado, já foram relatados teratomas que possuíam cabelo, dentes, ossos e, de forma mais rara ainda, órgãos mais complexos, incluindo olhos, mãos, pés e membros. Em alguns casos, eles se assemelham a um feto.

Uma equipe do Instituto Skullbase, juntamente com o Dr. Shahinian, desenvolveu uma maneira minimamente invasiva de atingir profundamente o cérebro para extrair tumores. O procedimento, segundo ele, é um tipo de cirurgia guiada, em vez de uma cirurgia tradicional no cérebro, que envolve a abertura do crânio. O processo é feito com afastadores de metal que permite que se insira um microscópio profundamente no cérebro. Shahinian faz uma incisão de meia polegada no cérebro para usar imagens de fibra ótica e tecnologia digital para chegar suavemente no tumor.

Shahinian temia que o tumor pudesse ser cancerígeno. Testes revelaram que a massa era benigna, e Karanam deve ter uma recuperação completa em apenas três semanas.

"É a irmã gêmea do mal que vem me torturando nos últimos 26 anos", disse Karanam, ao saber do que havia em seu cérebro.

A estudante de doutorado disse que gostaria de aumentar a conscientização sobre a técnica de Shahinian, que além de ser pouco invasiva, foi totalmente eficaz. Antes desse método, a única opção era retirar metade do crânio do paciente para chegar ao tumor. "Podemos entrar e sair do cérebro sem que ele descubra que estivemos dentro dele. Acho que essa é a beleza desta técnica”, concluiu o especialista.



FONTE:
Jornal Ciência


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