O promotor de Justiça, Antônio Rodrigues de Moura, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado informou nesta quarta-feira (28) que uma quadrilha de São Paulo fraudou vestibular no Piauí.
O Ministério Público do Estado instaurou processo criminal para apurar a denúncia. Segundo o promotor, o foco da investigação agora é identificar os candidatos beneficiados com a fraude.
“Algumas diligências estão sendo feitas para identificar os beneficiados com a fraude para que possam ser responsabilizados criminalmente”, disse o promotor.
A fraude ocorreu em 2011 durante vestibular para o curso de medicina em uma universidade particular de Teresina. Mais de 30 faculdades em todo o País foram alvo da quadrilha. O valor das vagas girava em torno de R$ 45 mil a R$ 80 mil.
A Polícia Federal realizou operação “Calouro” e prendeu sete líderes de quadrilhas que fraudavam vestibulares de medicina em faculdades.
Os esquemas funcionavam de duas maneiras: falsificação de documentos ou cola eletrônica. Segundo a denúncia, uma pessoa envolvida na quadrilha falsificava documentos e fazia a prova no lugar do verdadeiro candidato. Essa pessoa que realizava a prova quase sempre era um aluno de medicina com boas notas na faculdade.
Na outra modalidade, um membro da quadrilha fazia a prova rapidamente e saia da sala. Esse falso candidato que resolvia a prova era chamado pelos integrantes das quadrilhas de "piloto", pois deveria ser rápido para resolver as questões, e também era aluno de medicina. Na reclamação, a quadrilha de posse do gabarito, conferia o resultado e passava as informações por meio de uma escuta eletrônica ou por celular para o candidato.
O promotor disse que o Ministério Público Estadual foi provocado pela Polícia Federal de Alagoas. A fraude teria acontecido em 12 Estados, entre eles, Goiás, Mato Grosso, Rondônia, Bahia, Rio Grande do Sul, São Paulo, Espírito Santo, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pará e Distrito Federal.
Fonte:Flash Yala Sena
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