Grupo ciberativista afirma que irá espionar e derrubar sites de terroristas. 'É preciso rejeitar quem tenta silenciar vozes e opiniões', diz Zuckerberg.
O grupo de hackers Anonymous anunciou que irá combater extremistas
islâmicos após o ataque ao escritório da revista satírica "Charlie
Hebdo", em Paris, na quarta (7). Em vídeo publicado no YouTube e
noticiado pelo site da emissora "CNN", o grupo promete espionar a
atividade de grupos terroristas na internet e derrubar seus sites e
contas nas redes sociais. A mensagem é endereçada à "al Qaeda, ao Estado
Islâmico e outros terroristas".
"Nós, Anonymous de todo o mundo, decidimos declarar guerra contra vocês
terroristas", diz no vídeo uma pessoa com a máscara de Guy Fawkes,
símbolo do grupo.
No Twitter, a conta @OpCharlieHebdo, atribuída à ação do Anonymous no
caso da "Charlie Hebdo", pede auxílio de seus seguidores. "Você quer nos
ajudar? Encontre perfis no Twitter de terroristas e denuncie-os". Em
outra mensagem, o perfil diz: "A #FreePress (imprensa livre, em
tradução) nos liberta da ignorância. Extremistas, nos aguarde".
Essa não foi a primeira manifestação do Anonymous após o ataque em
Paris. Na quarta (7), o grupo divulgou um manifesto em vários idiomas
anunciando uma "reação maciça" por parte do grupo, que já atacou
diversos sites governamentais e de operadoras de cartões de crédito.
"Enojados e chocados, não podemos recuar, é nossa responsabilidade
reagir. (...) Ameaçar a liberdade de expresão é um ataque direto à
democracia", diz o texto.
Recado de Zuckerberg
Criador do Facebook, o norte-americano Mark Zuckerberg se manifestou
nesta sexta-feira (9) a respeito do ataque à sede da "Charlie Hebdo". Em
seu perfil na rede social, Zuckerberg afirmou que é preciso rejeitar
que "um grupo de extremistas tente silenciar as vozes e as opiniões de
todos mundo" e que não irá deixar que isso aconteça no Facebook.
"Alguns anos atrás, um extremista no Paquistão me sentenciou à morte
porque o Facebook se recusou a banir um conteúdo sobre Maomé que o
ofendeu. Nós defendemos isso porque diferentes vozes – mesmo que
ofensiva em algumas vezes – podem fazer do mundo um lugar melhor e mais
interessante", afirma Zuckerberg. "Estou comprometido em construir um
serviço onde você pode falar livremente sem medo de violência.
Fonte: G1
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