PM diz que 2 mil participaram do protesto; Passe Livre diz que foram 30 mil. Estado e Prefeitura dizem que aumento foi abaixo da inflação.
A concentração do ato começou pacífica por volta das 17h em frente ao
Theatro Municipal. Os participantes votaram o trajeto da passeata e
definiram que seguiriam pela Praça da República e Rua da Consolação para
chegar até a Praça do Ciclista, na Avenida Paulista.
Em nota no Facebook, o movimento diz ter reunido 30 mil manifestantes
ao longo da manifestação. A Polícia Militar afirma que 2 mil pessoas
participaram do ato às 18h30.
Começo do tumulto
O tumulto começou quando o grupo subia a Rua da Consolação em direção à Av. Paulista. Repórteres do G1
acompanharam quando a PM tentava impedir que o sentido Centro fosse
bloqueado. Uma pedra foi jogada contra um carro da Força Tática.
O ato prosseguiu, mas mascarados que estavam perto da Avenida Paulista
jogaram lixo e chutaram portas de lojas. A PM usou bombas de efeito
moral para dispersar os grupos. Algumas pessoas correram por ruas que
cruzam a Rua da Consolação e praticaram atos de vandalismo na região.
Três agências bancárias tiveram vidros e caixas eletrônicos quebrados:
uma do Santander na Rua da Consolação, outra do mesmo banco na Avenida
Angélica e uma do Banco do Brasil também na Avenida Angélica. Uma
concessionária da Toyota e outra da Kia Motors tiveram vidros quebrados
na Rua Matias Aires, na esquina com Rua Augusta. Barricadas com lixo
queimado foram usadas para bloquear trechos da Avenida Angélica e da Rua
Haddock Lobo.
O Movimento Passe Livre (MPL) afirmou, em nota, que a PM reprimiu
violentamente a manifestação. "(A PM) lançou bombas de gás, bombas de
estilhaço mutilante e atirou com balas de borracha para impedir que a
marcha chegasse à Av. Paulista", diz o grupo. O MPL não aponta agressões
contra a PM ou atos de vandalismo. O movimento diz que a prisão de
manifestantes foi "repressão brutal".
Histórico de mobilizações
O MPL iniciou as manifestações que tomaram o país em junho de 2013. À
época, o objetivo era impedir o aumento de 20 centavos nos ônibus, trens
e Metrô de São Paulo. O protesto desta sexta-feira é novamente contra o
aumento das tarifas do transporte público, que subiram de R$ 3 para R$
3,50 no início deste ano.
Tanto Prefeitura quanto Estado afirmam que não havia reajuste desde
2011, que o aumento ficou abaixo da inflação e que foi criado o passe
livre para estudantes de baixa renda.
Fonte: G1
Postar um comentário