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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Ato do MPL contra tarifas de R$ 3,50 termina em vandalismo e prisões

PM diz que 2 mil participaram do protesto; Passe Livre diz que foram 30 mil. Estado e Prefeitura dizem que aumento foi abaixo da inflação.

A primeira manifestação convocada pelo Movimento Passe Livre (MPL) contra o reajuste das tarifas de ônibus, trens e metrô para R$ 3,50 terminou em tumulto na noite desta sexta-feira (9) na Rua da Consolação, Centro de São Paulo. Ao menos três agências bancárias e duas concessionárias de veículos foram depredadas. Até as 21h30, a Polícia Militar confirmava 51 detidos.


A concentração do ato começou pacífica por volta das 17h em frente ao Theatro Municipal. Os participantes votaram o trajeto da passeata e definiram que seguiriam pela Praça da República e Rua da Consolação para chegar até a Praça do Ciclista, na Avenida Paulista.

Em nota no Facebook, o movimento diz ter reunido 30 mil manifestantes ao longo da manifestação. A Polícia Militar afirma que 2 mil pessoas participaram do ato às 18h30.


Começo do tumulto
O tumulto começou quando o grupo subia a Rua da Consolação em direção à Av. Paulista. Repórteres do G1 acompanharam quando a PM tentava impedir que o sentido Centro fosse bloqueado. Uma pedra foi jogada contra um carro da Força Tática.

O ato prosseguiu, mas mascarados que estavam perto da Avenida Paulista jogaram lixo e chutaram portas de lojas. A PM usou bombas de efeito moral para dispersar os grupos. Algumas pessoas correram por ruas que cruzam a Rua da Consolação e praticaram atos de vandalismo na região.

Três agências bancárias tiveram vidros e caixas eletrônicos quebrados: uma do Santander na Rua da Consolação, outra do mesmo banco na Avenida Angélica e uma do Banco do Brasil também na Avenida Angélica. Uma concessionária da Toyota e outra da Kia Motors tiveram vidros quebrados na Rua Matias Aires, na esquina com Rua Augusta. Barricadas com lixo queimado foram usadas para bloquear trechos da Avenida Angélica e da Rua Haddock Lobo.

O Movimento Passe Livre (MPL) afirmou, em nota, que a PM reprimiu violentamente a manifestação. "(A PM) lançou bombas de gás, bombas de estilhaço mutilante e atirou com balas de borracha para impedir que a marcha chegasse à Av. Paulista", diz o grupo. O MPL não aponta agressões contra a PM ou atos de vandalismo. O movimento diz que a prisão de manifestantes foi "repressão brutal".



Histórico de mobilizações
O MPL iniciou as manifestações que tomaram o país em junho de 2013. À época, o objetivo era impedir o aumento de 20 centavos nos ônibus, trens e Metrô de São Paulo. O protesto desta sexta-feira é novamente contra o aumento das tarifas do transporte público, que subiram de R$ 3 para R$ 3,50 no início deste ano.

Tanto Prefeitura quanto Estado afirmam que não havia reajuste desde 2011, que o aumento ficou abaixo da inflação e que foi criado o passe livre para estudantes de baixa renda.



Fonte: G1



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