Após a presidente Dilma Rousseff (PT) criticar em embate televisivo sobre o investimento do governo de Minas Gerais na saúde, relatórios técnicos do Tribunal de contas de Minas Gerais (TCE) sobre as contas do Estado foram retiradas do ar nesta quarta-feira (15). Os documentos foram um recurso da candidata a reeleição para provar que o investimento mínimo constitucional para a pasta (12% da receita estadual) não foi cumprido. Ela chegou a pedir, no debate da TV Band nesta terça-feira (14) que eleitores verificassem no site para confirmar o resultado. Ainda foi afirmado pela petista que houve um “desvio” de R$ 7,6 bilhões.
Logo após a declaração da presidente, o site saiu do ar pelo grande número de acessos, segundo versão do próprio tribunal. Ao voltar, os pareceres técnicos citados por Dilma, correspondentes ao período entre 2006 e 2012, não estavam mais disponíveis. O órgão não confirmou a exclusão de documentos da gestão tucana e publicitou, pouco tempo depois, que todas as contas do governo Aécio Neves (2003-2010) foram aprovadas. O ex-governador sempre contou com apoio político dos conselheiros do TCE. A atual presidente do órgão, Adriene Andrade (foto), foi indicada conselheira por Aécio Neves e é mulher do ex-senador Clesio Andrade (PMDB), réu do mensalão tucano.
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