O sonho de adquirir uma moto de maneira mais fácil e poder até mesmo
contar com uma ajuda extra da sorte, com uma espécie de poupança
forçada, que através da realização sorteios mensais, prega a
possibilidade da quitação do bem, mediante o pagamento de apenas uma
parcela, acabou virando pesadelo para os clientes da rede de lojas de
compra premiada Eletro Motos Show de Cocal.
A empresa lojas Eletro Motos Show é especializada em um tipo consórcio,
conhecido como ''compra premiada'' de itens como eletrodomésticos,
materiais de construção e principalmente motocicletas. Nesse tipo de
compra, quando o cliente é contemplado recebe o produto e não precisa
mais continuar pagando as parcelas que ainda faltam.
No inicio da noite desta quarta-feira (29/10), os clientes que foram
participar de mais um sorteio da loja acabaram surpreendidos com boatos
de que a empresa estaria quase fechado as portas por motivo de falência e
que a mesma havia mudado de administração, sendo alvo de constantes
queixas de clientes, os quais reclamavam atraso na entrega de seus bens,
quase sempre já quitados.
A suposta fraude veio à tona após o 'novo proprietário' que estava na
loja para realizar o sorteio resolveu 'sair de fininho' e não voltar
mais ao estabelecimento após ser questionado por vários clientes
revoltados com o atraso na entrega de mercadorias e também com a falta
esclarecimentos. Muitos clientes disseram que desde o mês de agosto do
corrente ano a empresa começou a prolongar a entrega de bens quitados e
de clientes contemplados nos sorteios.
A Polícia Civil esteve no local para conter uma tentativa de invasão e
tumulto no estabelecimento por parte de muitos clientes que estão
temendo ficar no prejuízo. Um homem que é cliente da loja acabou sendo
detido e encaminhado para a delegacia sob acusação de desacato e
desobediência as ordens dos policiais civis. Ele foi posto em liberdade
após pagar uma fiança de R$ 3.000,00 (três mil reais).
Durante a ação, a policia apreendeu na loja uma quantia de mais de
R$2.000,00 (Dois mil reais) e um caderno usado na contabilidade do
estabelecimento, dentre outras papeladas. Conforme o que foi repassado
para a delegada Drª Daniella Dinali, o dono da rede de lojas era Helton
Freitas, residente em Piripiri. Helton teria passado a empresa para uma
pessoa, sendo que este negociou com uma terceira pessoa e no final das
contas ninguém soube informar quem de fato são os atuais responsáveis
pela empresa.
As vitimas devem procurar a delegacia e um inquérito policial está sendo aberto para investigar o caso.
Fonte: Blog do Coveiro
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