O número de casos de Aids registrados no
primeiro semestre deste ano no Piauí já é 50% maior que em todo o ano
de 2013. Os dados foram divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde e
segundo especialistas, o motivo desse crescimento acelerado é que
pessoas de todas as idades estão deixando de usar preservativos. No ano
passado foram 201 casos, enquanto em 2014 já são mais de 300 registros.
Em Batalha, por exemplo, foram
diagnosticados 11 casos de AIDS entre 2009 e 2013. Os números mostram
que houve o crescimento da incidência da doença no município. “Essa
situação é preocupante”, foi o que nos disse Karina Amorim, coordenadora
de Doenças Transmissíveis da Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi).
De acordo com a Coordenadora, a
incidência de casos Aids em Batalha é maior entre homens, sendo 50% para
o sexo masculino e 30% para o feminino.
Karina disse ainda que os casos de HIV
no município podem ser 3 vezes maior que AIDS. Aqui, vale lembrar: AIDS e
HIV não são a mesma coisa. Uma pessoa pode ter o vírus sem desenvolver a
doença, que se caracteriza quando há a presença das chamadas doenças
oportunistas, como pneumonia e tuberculose.
A Secretaria Estadual de Saúde informou
que a maioria dos casos é com homens entre 24 e 30 anos e o total de
notificações dos últimos cinco anos chega a 3.082 em todo o estado do
Piauí. A maioria dessas notificações é em Teresina que registrou 1.341
novos casos. No interior as cidades que apresentam maior incidência
são: Parnaíba tem 97 casos, Altos tem 54, Campo Maior 49 e Piripiri 42.
O infectologista Kelson Veras contou que
apesar de ser uma doença controlável é uma doença grave. “É uma doença
que a pessoa vai tomar remédio para o resto da vida e às vezes esses
remédios apresentam efeitos colaterais. É necessário que as pessoas
voltem a ter a preocupação que tinham anteriormente com a Aids”, disse.
Um homem que convive com a doença há
mais de 21 anos contou que prevenir ainda é o melhor remédio. “Por mais
que você conheça a pessoa não confie de que ela não é soropositivo só
porque você conhece, às vezes nem mesmo a pessoa sabe que tem a doença. O
melhor é se proteger e fazer relações com preservativos”, declarou.
Fonte: Folha de Batalha
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