Segundo delegado do DHPP, Itagiba Franco, é preciso esperar o resultado dos exames de DNA para ter certeza da identidade
Familiares de um homem desaparecido desconfiam de que a cabeça
que foi encontrada na Sé na última quinta-feira, 27, seja do parente. De
acordo com o delegado do Departamento Estadual de Homicídios e de
Proteção à Pessoa (DHPP), Itagiba Franco, a família viu uma retrato
gráfico e imagens de algumas partes da cabeça como, por exemplo, o
bigode. Amostras de DNA dos parentes foram colhidas pela polícia para
que sejam confrontadas a da cabeça.
"Nós fizemos um retrato
reconstituído e exibimos também imagens de partes da cabeça. Alguns
pontos foram reconhecidos pela família outros não, por isso temos que
aguardar o resultado dos laudos para ter certeza", disse Itagiba Franco.
Segundo
a Secretaria da Segurança Pública (SSP),os familiares procuraram uma
das delegacias do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap)
para registrar o sumiço de um homem.A fotografia desse desaparecido
tinha semelhanças com a cabeça localizada na praça da Sé e por isso os
familiares foram chamados pela delegacia para obter mais detalhes.
"Por
ética, a imagem da cabeça, bastante deformada, não foi apresentada à
família, evitando maior sofrimento àquelas pessoas", disse a nota da
SSP.
Na manhã dessa quarta-feira, 2, o secretário da
segurança pública, Fernando Grella, também frisou que é preciso esperar
os laudos da Superintendência da Polícia Técnico-Científica "Esses
exames levam de 15 a 20 dias e às vezes um mês para ficarem prontos, eu
não posso precisar", disse o secretário durante a autorização da Diária
Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Policial Militar (DEJEM)
no Palácio dos Bandeirantes.
Investigação. A cabeça foi
encontrada por volta do meio-dia, por um morador de rua que procurava
comida, em um saco plástico no chão ao lado de uma fonte na
quinta-feira, 27. Ao mexer no embrulho, o homem sentiu um forte cheiro e
chamou a Guarda Civil Metropolitana (GCM).
A Polícia Civil
acredita que o saco tenha sido deixado não muito tempo antes na Sé
porque equipes de limpeza haviam passado recentemente pela área. À
noite, agentes procuravam imagens de câmeras de segurança do local.
Tanto
o saco quanto a fita crepe usada para guardar a cabeça serão periciados
para saber se eles são os mesmos que embrulharam as partes do corpo da
vítima deixadas em Higienópolis. A fita usada, no entanto, tem um
material de difícil detecção de impressões digitais.
"Há pistas, eles estão trabalhando com imagens e testemunhas de locais. A investigação está em andamento", disse Grella.
Fonte: Estadão
Fotos: Folha de S.Paulo


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