Litoral piauiense ainda não está preparado como deveria para atender.
Os voos regulares Fortaleza/Parnaíba/Teresina e
Teresina/Parnaíba/Fortaleza, que a empresa aérea Azul começou a oferecer
desde o início de abril, já têm uma demanda considerável. Tanto que foi
noticiado pela Secretaria de Turismo que eles estão tendo ocupação
máxima, mesmo com pouco tempo de realização.
O Superintendente de Turismo da Parnaíba, Marcos Fonteles, diz que um
dos pilares de atuação da Prefeitura, através da Superintendência de
Turismo, para o incremento da cultura percebendo-a como produto
turístico, é o investimento em infra-estrutura, em ações de
sustentabilidade, qualificação de profissionais voltados para atuação na
área turística. Esta são algumas formas de valorização do espaço e das
belezas e usufrutos que o local tem a oferecer ao um público em
potencial.
Contudo, não é o que se vê acontecendo de fato, quando é comum, durante
as altas temporadas, serem relatadas histórias de que as cidades
litorâneas, principalmente a de Luís Correia, não suporta com qualidade a
demanda de pessoas que chegam ao litoral, havendo queixas comuns de
falta de energia e de água, reclamações de restaurantes e barracas de
praias lotadas que funcionam com atendimento insatisfatório, além da
insuficiência de estabelecimentos comerciais e cobrança de certas taxas
consideradas abusivas em hotéis e pousadas.
“Parnaíba já tem uma estrutura consolidada por ter o dom de receber bem
os turistas, qualidade esta que vem crescendo cada vez mais incrementada
para receber gente de todo o Estado. O próprio empresariado também,
percebendo o crescimento do turismo, acaba investindo em infraestrutura,
porque sabem que vão obter retorno”, segundo o superintendente.
Demanda X Receptividade
De acordo com dados da Superintendência, 1.700 leitos estão registrados
hoje no município de Parnaíba e entornos, distribuídos em
aproximadamente 30 estabelecimentos, dentre hotéis e pousadas. Marcos
esclarece que estes são os regularizados, não podendo ser contabilizados
os que não são formalizados, mas que com a certeza muitos outros
existem, o que aumenta o poder de receptividade da localidade.
Em contrapartida, Marcos admite; “Não adianta se investir em voos e
hotéis como atividade turística se os outros segmentos econômicos não se
sustentam nem suportam a demanda”. Então, para ele, uma medida que
melhoraria o problema é o combate a sazonalidade, tentando se incentivar
a visita dos turistas em qualquer período do ano, e não somente em
períodos de pico.
“Para isso, precisamos investir mais em profissionalização para a área,
fazer com que os hotéis e os pacotes do mercado turístico apliquem
preços mais convidativos. Lembrando que esse não é um problema que
acontece só no Piauí, mas em qualquer parte do mundo, em que taxas
maiores ou exorbitantes são praticadas dependendo do período”, sugere.
Outra saída é investir em eventos para atrair turistas em período de
baixa estação, o que acaba fazendo com que o preço de pacotes e estadias
fiquem mais em conta também. “Este ano já aconteceu em Parnaíba o Salão
de Humor, em abril vai acontecer o Grito Rock e também em outubro
haverá o Festival das Emoções, justamente para impulsionar a entrada de
turistas em períodos de baixa estação”, esclarece.
Segundo o superintendente, a disponibilização de cursos através do
Pronatec é uma das ações pontuais que estão sendo tomadas, como os de
reciclagem e profissionalização em gestão de infantaria, a exemplo de
garçons e recepcionistas, que fazem a linha de frente no atendimento ao
turista. Parcerias com o Sebrae também são mantidas, a fim de promover o
turismo e juntamente com a Superintendência Agrícola e de Trânsito com o
intuito de melhor organizar o trânsito e a área próximos ao aeroporto.
Comissão Ícaro
A Comissão Ícaro, da qual participam vereadores, deputados, técnicos e
pessoas ligadas ao ramo do turismo, foi criada para tratar de diversas
frentes que de alguma forma possam vir a alavancar as atividades
turísticas na região. “Uma dos objetivos agora é ampliar um número de
dias e de voos de Teresina para o litoral piauiense. Em paralelo a isso,
procuramos manter uma linha de dialogo com a Azul e temos apoio da
INFRAERO.
Por: Lyza Freitas\Capital Teresina
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