O Grupo Gay da Bahia – GGB divulgou
mais relatório com levantamento dos crimes de motivação homofóbica,
ocorridos durante o ano de 2013.
Foram contabilizados 312 assassinatos e suicídios de gays, travestis,
lésbicas e transexuais brasileiros vítimas de homofobia e transfobia. A
média é de uma morte a cada 28 horas.Esse número é 7,7% menor em relação
ao ano de 2012 (388 mortes), mas, segundo o GGB, as mortes aumentaram
14,7% nos últimos 4 anos.
Segundo o documento, a maioria das mortes de gays acontece na casa da
vítima, enquanto a maioria dos travestis morre na rua. Em um ano foram
186 gays, 108 transexuais, 14 lésbicas, 2 bissexuais e 2 héteros mortos,
confundidos com homossexuais.
O estudo realizado pela entidade utiliza como base notícias divulgadas
por veículos de imprensa e dados enviados por ONGs. Nele foram
contabilizados também dez suicídios. Segundo Luiz Mott, coordenador da
pesquisa, essas mortes são registradas por terem motivações homofóbicas
ou transfóbicas: “Como aconteceu com um gay de 16 anos, de São Luís, que
enforcou-se dentro do apartamento ‘por que seus pais não aceitavam sua
condição homossexual’.”
Pernambuco foi o estado onde aconteceu o maior número de mortes de LGBT
(34). Em seguida, vem São Paulo (29), Minas Gerais (25) e, empatados em
quarto lugar, Bahia e Rio (20). A Região Nordeste concentrou 43% das
mortes, seguida de Sudeste e Sul com 35%, e Norte e Centro Oeste, com
21%.
No Piauí, foram registrados 10 crimes, cinco a menos que em 2012 (15
homicídios). Metade dos crimes de 2013 ocorreram na na Capital. Em
números absolutos, o Estado ocupa a 7ª posição na Região Nordeste,
seguido do Maranhão e Sergipe, estados onde foram registrados 07 e 06
crimes, respectivamente. Proporcionalmente, o Piauí ocupa a 5ª posição,
se considerado o número de vítimas para cada um milhão de habitantes.
Marinalva Santana, diretora do Grupo Matizes, afirma que, apesar da
redução do número de crimes no Piauí, se comparados com os dados de
2012, os dados são bastante preocupantes. “Não temos nada a comemorar.
Em 2010, por exemplo, foram 02 assassinatos. De lá para cá temos visto
um aumento crescente da violência contra a população LGBT no Piauí. Para
nós, a ausência do Estado é o principal fator que contribui para isso”,
afirma a militante.
Teresina Diário
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