Mark Zuckerberg elogiou app que tem 450 milhões de usuários.
'Serviços que atingem a casa do milhar são incrivelmente valiosos', disse.
O Facebook anunciou nesta quarta-feira
(19) a compra do aplicativo WhatsApp por US$ 16 bilhões. O valor é o
mais alto já pago por um aplicativo para smartphones desde que a própria
rede social comprou o Instagram. Também é a maior aquisição do site de Mark Zuckerberg.
O
acordo também prevê um pagamento adicional de US$ 3 bilhões aos
fundadores e funcionários do WhatsApp que poderão comprar ações
restritas do Facebook dentro de quatro anos. Além disso, o
presidente-executivo e cofundador do WhatsApp, Jan Koum, tomará lugar no
conselho administrativo do Facebook.
WhatsApp Facebook (Foto: AP)
Jan Koum, presidente-executivo do WhatsApp, durante conferência em Munique, na Alemanha (Foto: Divulgação/DLL)
No comunicado que anunciou a compra
do aplicativo, o Facebook não informou se iria descontinuá-lo. Mark
Zuckerberg, presidente-executivo e cofundador do Facebook, no entanto,
afirmou em sua página na rede social que o aplicativo permanecerá
"independente".
Em conferência após o anúncio, Zuckerberg
informou que o objetivo agora é fazer o WhatsApp aumentar seu número de
usuário. Por isso, não vai alterar a fonte de receita "pelos próximos
anos". O executivo chegou a elogiar o modelo de negócio do aplicativo,
que cobra de novos usuários uma assinatura de R$ 2,37 anualmente após um
primeiro ano de uso gratuito.
Essa é a maior aquisição já feita pelo Facebook, que pagou pouco mais de US$ 1 bilhão pelo Instagram em 2012. No fim de 2013, o aplicativo de fotos começou a exibir anúncios para levantar receitas.
Usado
por 450 milhões de pessoas por mês, o WhatsApp tem alto poder de
engajamento: 70% que têm o aplicativo instalado em seus celulares o
manuseiam diariamente. Por dia, o app registra 1 milhão de novos
usuários.
“WhatsApp está no caminho para conectar um bilhão de
pessoas. Serviços que atingem a casa do milhar são incrivelmente
valiosos”, escreveu em comunicado o presidente-executivo do Facebook,
Mark Zuckerberg.
“O engajamento extremamente elevado do usuário
do WhatsApp e rápido crescimento são impulsionados pelos recursos de
mensagens simples, poderosos e instantâneos que prestamos. Nós estamos
entusiasmados e honrados de nos tornarmos parceiros de Mark e do
Facebook para continuarmos a trazer nossos produtos a mais pessoas ao
redor do mundo”, afirmou Jan Koum, CEO do WhatsApp.
Fuga de jovens
O
WhatsApp está no centro da discussão sobre a fuga de jovens do
Facebook. O aplicativo de mensagens instantâneas, ao lado do Snapchat,
Line e WeChat, é tratado como um dos escoadouros de adolescentes da rede
social.
Para tentar conter a falta de interesse e levar para
seus domínios um desses aplicativos sensação, a rede social tentou
comprar o Snapchat por US$ 3 bilhões, mas teve sua proposta recusada.
Segundo
o Facebook, o volume de mensagens trocadas pelo aplicativo se aproxima
do total de mensagens de texto enviadas em todo o mundo. Do volume
oferecido pelo aplicativo, US$ 4 bilhões serão pagos em dinheiro e US$
12 bilhões, em ações do Facebook.
O valor de mercado do Facebook é
de US$ 172,8 bilhões depois do fechamento do mercado nesta quarta-feira
(19). Os papéis da rede social fecharam em alta de 1,13%, vencidas a
US$ 68,06. Para se ter ideia do avanço das ações do site, na abertura de
capital em 2012, quando foram vendidas a US$ 38. Com isso, a rede
social já tem valor de mercado maior do que companhias de tecnologia
mais consolidadas, como a Amazon (US$ 159 bilhões) e a Oracle (US$ 170
bilhões).
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