Foram três meses de investigação ao grupo que atuou em ações no Piauí em 2013.
Com a prisão de cinco pessoas durante a operação
deflagrada na noite desta terça-feira (28/01), a polícia conseguiu evitar pelo
menos dois assaltos que seriam realizados pela quadrilha especializada em
arrombamentos a bancos no Piauí e Maranhão. Eles já estavam prontos para
dinamitar uma agência no vizinho estado quando foram presos em flagrantes.
Segundo o delegado Menandro Pedro, chefe do Grupo
de Repressão ao Crime Organizado (Greco), a ação poderia terminar em morte, e a
operação, que se daria nos próximos dias, teve de ser antecipada. “Não podíamos
esperar e antecipamos as prisões, os seguimos desde Demerval Lobão até o Poti,
até prendermos todos eles”, disse o delegado em entrevista.
Foram três meses de investigação ao grupo que,
segundo a polícia, pode ter atuado por todo ano de 2013 no estado. Eles foram
localizados em residências na zona Norte de Teresina, nos bairros Poti Velho e
Santa Maria da Codipi. Um dos presos na noite de ontem acabou sendo liberado
por falta de provas no envolvimento dele no bando.
Ainda permanecem presos o líder do grupo
Walterliene Fortes Rodrigues Freire, conhecido como Alemão, natural de Porto do
Piauí; Paulo Moraes, Velho do Bode, natural de São Luis do Maranhão; Francisco
de Sousa Martins Filho, conhecido como Branco, natural de Teresina; e Jonas
Leandro Gomes da Silva, natural de Campo Maior. Um dos presos, Paulo Moraes, já
havia sido preso por um arrombamento no Maranhão.
De acordo com o delegado Carlos Cesar Camelo, o
grupo pode ter sido responsável por pelo menos quatro ou cinco assaltos no
Piauí. Em depoimento, os presos confirmaram alguns dos crimes, negaram outros,
mas para a polícia, não resta dúvidas do envolvimento do grupo em ações
criminosas que não podem ainda ser divulgadas.
Entre o material apreendido estão dois revólveres,
uma pistola, uma escopeta e ainda muita munição. Os acusados guardavam ainda
roupas camufladas do exército que ajudam na fuga no meio da mata. Presidente do
inquérito que investiga a quadrilha, o delegado Tales Gomes explica que o grupo
tinham ainda 10 bananas de dinamite, já preparadas para serem armadas e
detonadas. Inclusive, usavam pneus para esconder os explosivos. No material
encontrado pela polícia havia até mesmo uma máscara de gás, para evitar
inalação de poeira após a explosão. Três veículos também foram apreendidos e
levados para a sede do Greco.
Delegado Tales mostra como grupo armava dinamites |
Delegado Menandro Pedro, coordenador do GRECO |
Grupo escondia dinamites dentro de pneus |
Enroladas em fita mais escura, as bananas já prontas para detonação |
Máscara de gás encontrada pela polícia, ao lado de um dos revólveres apreendidos |
Carros apreendidos e levados para sede do Greco |
Fonte: 180graus e Portal Boca do Povo
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