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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Após chuva, Rio tem 2 mortes, arrastões e 2 desaparecidos


Passageiros chegaram a abandonar ônibus na Dutra; 2 mil famílias ficaram desalojadas   

Um temporal de dez horas, em que choveu mais da metade do esperado para todo o mês de dezembro, provocou um dia de caos na capital e na Região Metropolitana do Rio, com pelo menos duas mortes e duas pessoas desaparecidas. Com vários alagamentos pela cidade, criminosos aproveitaram para saquear caminhões e assaltar motoristas. Passageiros chegaram a abandonar os ônibus e caminharam até 5 km na Via Dutra.

A Baixada Fluminense foi a região mais atingida, com dois mortos. Um deles foi identificado como Neilson Viana Ribeiro, morador de Belford Roxo. Ele caiu no Rio Botas pela manhã e seu corpo foi localizado por bombeiros às 19h45. À tarde, outro corpo já havia sido encontrado boiando no Rio Botas, na altura de Nova Iguaçu. Ainda não havia confirmação, mas é possível que a vítima localizada seja o pedreiro Martinho da Silva, que estava desaparecido.

Outras duas pessoas também desapareceram durante a madrugada desta quinta no município de Bom Jesus de Itabapoana (região norte Fluminense) quando o carro em que viajavam foi tragado pela cratera aberta pela força da correnteza de um dos rios da área, que inundou.
Além disso, 2.100 famílias ficaram desalojadas nas cidades de Nova Iguaçu, Japeri (prefeituras que decretaram estado de calamidade pública), Queimados e Mesquita. Em Nova Iguaçu, ruas de 26 bairros ficaram alagadas. Em Queimados, 23 bairros foram afetados. Houve 16 deslizamentos de terra e 5 casas desabaram parcialmente.


 No Rio, entre meia-noite e 10 horas, choveu 73,8 mm. A previsão para o mês é de 164,6 mm. A região de Irajá, na zona norte, registrou o maior pico - 164 mm, acima dos 150 mm esperados para dezembro. A recomendação do prefeito Eduardo Paes foi para que as pessoas evitassem sair de casa. "Os rios não estão drenando. A gente pede que as pessoas evitem sair e tragam os filhos para dentro de casa. Essas brincadeiras nas ruas são perigosas: a gente vê crianças nadando nos alagamentos", disse o prefeito, em entrevista à Rede Globo. As sirenes soaram em 49 favelas às 4h55.
As pessoas foram orientadas a deixar as casas e seguir para pontos de abrigo. Na zona norte, o Rio Acari transbordou, encobrindo os trilhos do metrô da Linha 2, fechando cinco estações, e alagando bairros como Pavuna, Acari e Fazenda Botafogo. A circulação de trens da Supervia também foi suspensa em alguns trechos.

Em Higienópolis, na zona norte, o Rio Faria-Timbó transbordou e invadiu casas. O professor de Educação Física Alexandre Gallo resgatou os vizinhos com um bote salva-vidas que tinha em casa. "Toda vez é a mesma coisa: perdemos tudo, a prefeitura recolhe nossas coisas e, quando podemos, compramos tudo de novo", desabafou a aposentada Antônia Machado, de 68 anos, que mora há 50 em Higienópolis.
Dilma. A presidente Dilma Rousseff telefonou para o governador Sérgio Cabral (PMDB) e para o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes (PMDB), para oferecer ajuda federal. Em vídeo divulgado no Twitter do Palácio Guanabara, Cabral afirmou que a Secretaria Nacional de Defesa Civil auxiliará o Estado no atendimento aos atingidos pelas chuvas.
Capital fluminense tem trens afetados, deslizamentos e alagamentos; uma pessoa está desaparecida - 1 (© Fabio Motta Estadão)


Fonte: Estadão



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