Um gerente comercial foi
preso acusado de integrar uma quadrilha que está dando golpes em vários
municípios do Piauí. A prisão pode levar ao líder da quadrilha que
engana moradores com falsas promessas em consócios milionários. As
vítimas são desde professores, quebradeira de cocos a políticos. Segundo
levantamento da polícia, o golpe pode ter causado um prejuízo de mais
de R$ 1 milhão.
A Polícia Civil está
fazendo o alerta para o golpe do consórcio falso que virou “onda” em
vários municípios piauienses. De acordo com a polícia, os consórcios
começariam com o prefixo “Eletro”.
Foi preso em Barras (119
km de Teresina), Antonio Paulo Rodrigues, 40 anos, gerente da loja
Eletromarcas, responsável pela venda dos consórcios e os sorteios na
cidade. Segundo o delegado Humberto Mácola, que investiga o caso na
região, as denúncias dos populares resultaram na investigação que chegou
até o acusado.
“Ele era o gerente da
loja em Barras e nos informou que o consórcio não era dele, mas de uma
outra pessoa. Sabemos que a empresa é de alguém da região de Bacabal e
Coelho Neto, no Maranhão. Sabemos de vítimas em várias outras cidades.
Com certeza este é um esquema grande”, declarou o delegado. Ele estima
que o prejuízo das pessoas que participaram do consórcio, apenas em
Barras, chegue a R$ 300 mil. Na região também há denúncias nas cidades
de Miguel Alves, Batalha e Esperantina.
Na cidade de Porto, até o
momento 70 populares se disseram prejudicados, conforme explica o
delegado Denis Sampaio, que investiga o caso na região. “Já ouvi algumas
vítimas e vou pedir a prisão pelo responsável da loja Eletromulti.
Além de Porto, há denúncias da cidade Nossa Senhora dos Remédios,
Luzilândia e Campo Largo do Piauí. Em Matias Olímpio foram mais de
cinquenta. Essas pessoas pagavam 48 parcelas desde 2009 e agora, ao
final do plano, tiveram, cada uma, um prejuízo de R$ 7,5 mil a R$ 10
mil”, pontua a autoridade policial.
Segundo Sampaio, o
total do prejuízo para as pessoas pode chegar a R$ 1 milhão. “Tive
informações de que os donos do consórcio, em 2009, contratavam
vendedores que eram muito insistentes. Um detalhe é que aquelas que
estavam com as parcelas atrasadas, se fossem sorteadas, não receberiam o
prêmio. Coincidentemente, sempre, todas as vezes, os inadimplentes eram
sorteados. As vítimas são de todas as classes sociais: desde uma vítima
que disse que quebrava coco para pagar as parcelas a professores,
políticos, vereadores e empresários”, descreve.
Há casos semelhantes nas
cidades de Água Branca, onde um homem foi preso no mês de março.
Denúncias foram registradas ainda em Oeiras, Picos e Paulistana, onde
cerca de 300 pessoas foram vítimas, de acordo com o delegado Antonio
Madson. “Mais de cinquenta pessoas já vieram à delegacia para fazer a
denúncia. Trata-se de um crime de pirâmide financeira. Apuramos que o
suspeito arrecadava cerca de R$ 38 mil apenas na região de Paulistana,
Jacobina e Betânia, mas entregava de quatro a seis motos”, informou ao
Cidadeverde.com.
Fonte: cidadeverde.com
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