O rei Salman, da Arábia Saudita, decidiu iniciar seu governo
distribuindo o equivalente a 50 bilhões de reais aos cidadãos e
demitindo dois clérigos relativamente liberais. O monarca sinalizou que
sua abordagem para os grandes desafios do país poderão diferir da
plataforma liberalizante adotada por seu falecido irmão, Abdullah, a
quem sucedeu no trono.
Alguns decretos assinados na semana passada têm a previsão de mais de
50 bilhões em bônus para os cidadãos, fornecendo um grande número de
comissões ministeriais em somente duas: Uma para lidar com questões de
segurança e outra para as econômicas.
As iniciativas sugerem uma parcialidade em relação ao conservadorismo
religioso e à compra de apoio político, duas características que
parecem contrárias às reformas modernizadoras que a administração do
reino afirma ter intenção de fazer.
As decisões de Salman indicam que o país poderá enfrentar um iminente
desafio demográfico, que ameaça minar a legitimidade da família
governante, em um momento de caos regional sem precedentes.
O crescimento populacional intenso mostra que os gastos com os
cidadãos têm de ser restringidos enquanto o aumento do acesso ao mundo
exterior faz com que, tanto liberais, como conservadores, desafiem agora
o conceito do regime dinástico.
Khalil al-Khalil, um acadêmico e escritor na Universidade Imã Saud, a
mais influente do país, disse que modernistas e tradicionalistas
seguiram separados durante o reinado do rei Abdullah, mas como Salman
tinha excelentes relações com os dois lados.
Fonte: Reuters
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