O estado do Piauí é o primeiro no Brasil a registrar um caso de Febre
do Nilo. A confirmação do caso ocorreu na manhã desta terça-feira (09)
pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi). Uma coletiva foi marcada
para o meio-dia, onde será explicada quais medidas foram adotadas para
estancar o avanço da doença. A pessoa contaminada reside no município de
Aroeira do Itaim (a 332 quilômetros de Teresina).
O caso foi diagnosticado em um
agricultor que ficou internado no Instituto de Doenças Tropicais Natan
Portela no mês de agosto. Ele sentiu
dormência, dor de cabeça, náuseas e, em seguida, teve a sensação de
perda de forças, até culminar com a paralisação de todos os movimentos
do corpo - só mexia a cabeça. Ele já recuperou o movimento dos braços e
das pernas, mas ainda não tem forças para ficar em pé. O paciente já
está em casa.
A diretoria de Vigilância e Atenção à Saúde da Sesapi informou que
desde a fase de suspeita estão realizando estudos de campo juntamente
com outros órgãos e constatou que se trata de um caso isolado.
No último sábado(06), o neurologista e epidemiologista da FMS,
Marcelo Adriano Vieira, informou ao Cidadeverde.com que em 75% dos casos
de contaminação humana pelo vírus da febre do Nilo, o organismo o
elimina e a pessoa não sente nenhum sintoma. Em 24% dos casos, os
sintomas são semelhantes aos da dengue (febre, dor de cabeça e no
corpo). Só em 1% dos casos há comprometimento neurológico, com perda de
movimentos, mas esse sintoma pode ser revertido.
Histórico
O vírus que provoca a febre do Nilo foi identificado em Uganda, em
1937, e causa febre, dor de cabeça e, eventualmente, até problemas
neurológicos. Só as aves transmitem a doença para o mosquito, e este
retransmite para pessoas, animais e outras aves. “Se o mosquito picar
outras aves, o ciclo se perpetua; se picar uma pessoa ou um equino, por
exemplo, a doença para ali, porque são hospedeiros definitivos”,
descreve Marcelo Adriano Vieira.
Fonte: cidadeverde.com
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